Kim se compromete em desmantelar centro de programa nuclear se EUA corresponderem
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ofereceu nesta quarta-feira (18) o desmantelamento total do complexo de Yongbyon, epicentro do programa nuclear norte-coreano, se os Estados Unidos adotarem "medidas correspondentes" com o que foi acordado entre os dois países recentemente em Singapura.
Assim diz a declaração conjunta assinada hoje por Kim e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, na cúpula realizada em Pyongyang, onde reafirmaram o compromisso de "eliminar as armas nucleares da península coreana" e enfatizaram a importância de "conseguir progressos reais o mais rápido possível" no campo da desnuclearização.
A oferta para fechar definitivamente Yongbyon sinaliza um novo passo na troca de gestos entre EUA e Coreia do Norte, desde a cúpula realizada em Singapura, em junho, quando se comprometeram em trabalhar para a desnuclearização do regime norte-coreano.
No entanto, e apesar da oferta de hoje, o processo de desnuclearização segue sem prazos ou especificações técnicas para sua execução.
Além disso, Kim se comprometeu em desmantelar totalmente a base de lançamento de mísseis de Sohae, como um novo sinal do compromisso norte-coreano de encerrar seu programa nuclear.
Após o encontro em Singapura, Kim se comprometeu com o presidente americano, Donald Trump, em desmantelar instalações importantes em Sohae, algo que foi realizado poucas semanas depois.
Na semana passada, o líder norte-coreano convidou Trump para uma segunda cúpula, algo que, se realizado, pode representar uma nova oportunidade para dar forma real ao processo de desnuclearização.
Por outro lado, Kim Jong-un disse hoje, em uma aparição ao lado de Moon Jae-in, que será o primeiro líder norte-coreano a visitar a capital sul-coreana, algo que disse desejar fazer antes do final do ano.
Kim já se tornou no primeiro líder da Coreia do Norte a pisar em solo sul-coreano, quando celebrou a primeira cúpula com Moon, em abril, na fronteira dos dois países, tecnicamente ainda em guerra, e seria também o primeiro a visitar Seul.
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