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Número de mortos em naufrágio na Tanzânia sobe para 36

21/09/2018 12h11

Dar es Salaam, 21 set (EFE).- O ministro de Transportes e Comunicações da Tanzânia, Isack Kamwelwe, informou nesta sexta-feira que pelo menos 126 pessoas morreram no naufrágio de um barco ocorrido ontem no Lago Vitória, na região norte do país.

Após a retomada dos trabalhos de resgate, 82 corpos foram encontrados hoje, de acordo com o delegado regional de Mwanza, John Mongella, citado pelo jornal "The Citizen".

Até ontem, 44 corpos tinham sido recuperados.

O ministro de Transportes, que acompanha o caso no local, informou que, até o momento, 36 vítimas foram identificadas por familiares.

O número de sobreviventes é calculado em 37, sendo que 25 estão internados, de acordo com informações do diretor-geral da Polícia Federal da Tanzânia, Simon Sirro, que também acompanha os trabalhos de resgate.

O Mv Nyerere naufragou ontem no Lago Vitória, a apenas 50 metros do porto onde atracaria. A balsa fazia o trajeto entre Ilha Ukerewe e a Ilha Ukara, com cerca de 400 passageiros, apesar de capacidade máxima ser de 100 pessoas e 25 toneladas de carga.

As operações para tentar encontrar sobreviventes e recuperar corpos foram interrompidas na noite de ontem e retomadas nesta manhã.

O número de mortos pode aumentar nas próximas horas, já que dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas.

O presidente tanzaniano, John Magufuli, enviou condolências às famílias das vítimas e desejou a rápida recuperação dos feridos. Por sua vez, o primeiro-ministro do país, Kassim Majaliwa, suspendeu uma viagem oficial programada para ir à região.

O barco, que afundou no maior lago da África, era operado pela empresa estatal Agência de Serviços Eletrônicos e Eletromecânicos da Tanzânia (Temesa), e a oposição não demorou em culpar o governo sobre as condições da embarcação.

James Mbatia, presidente partido NCCR Mageuzi, acusou o governo de não fazer a manutenção do barco, apesar de conhecer os problemas que tinha. Ele também afirmou que a interrupção dos trabalhos de resgate ocorreu por falta de equipamentos adequados.

Governos de países vizinhos, como Quênia e Ruanda, enviaram mensagens de apoio e solidariedade.