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Na ONU, Temer defende multilateralismo e América Latina unida

25/09/2018 12h47

Nações Unidas, 25 set (EFE).- Ao discursar pela última vez na Assembleia Geral da ONU neste mandato como presidente do Brasil, Michel Temer recomendou nesta terça-feira o "multilateralismo" e a "diplomacia" em tempos de "intolerância", e defendeu o aprofundamento de uma América Latina "cada vez mais unida".

Como é de costume, o Brasil foi o país responsável por abrir o debate de alto nível da Assembleia Geral da ONU realizado anualmente. No discurso, Temer apoiou a atual ordem internacional, apesar de "imperfeita", com o argumento de que já serviu para diminuir muitos problemas pelo mundo.

"Isolacionismo, intolerância, unilateralismo: a cada uma dessas tendências, temos que responder com o que nossos povos têm de melhor", disse o governante.

Temer defendeu uma América Latina mais unida e citou como exemplo o Mercosul e o diálogo com os países da Aliança do Pacífico, por considerar necessário aprofundar "mecanismos de integração".

"O protecionismo pode até soar sedutor. Mas é com abertura e integração que alcançamos a concórdia, o crescimento, o progresso", ressaltou.

Sobre a atual situação na Venezuela, o presidente brasileiro lembrou que é preciso proteger os cerca de dois milhões de venezuelanos deslocados por causa da crise no país natal.

"No Brasil, temos orgulho de nossa tradição de acolhimento. Somos um povo forjado na diversidade. Há um pedaço do mundo em cada brasileiro", lembrou Temer, que também defendeu a resolução do conflito na Síria e que Israel e Palestina formem dois estados para viverem em paz.

Para encerrar o discurso de abertura na sede da ONU, em Nova York, Michel Temer enfatizou que o Brasil é um aliado da cooperação entre os países.

"Os membros desta Assembleia Geral sabem que têm e terão sempre, no Brasil, um firme aliado da cooperação entre as nações. Um país que, diante do isolacionismo, propõe mais abertura e integração. Que, diante da intolerância, propõe mais diálogo e solidariedade. Que, diante do unilateralismo, propõe mais diplomacia e multilateralismo", afirmou.