Topo

Trump ameaça Irã com sanções "mais fortes do que nunca"

26/09/2018 14h13

Nações Unidas, 26 set (EFE).- O presidente os Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou o Irã nesta quarta-feira com a imposição de novas sanções, "mais fortes do que nunca", enquanto o presidente da França, Emmanuel Macron, exigiu uma "estratégia de longo prazo" em relação ao programa nuclear iraniano que não tenha foco somente nas restrições econômicas.

"Em novembro, nossa imposição de sanções estará totalmente aplicada. Depois, vamos impor mais sanções, que serão mais fortes do que nunca, para enfrentar toda a gama de atividades malignas do Irã no Oriente Médio e além", disse Trump na sessão do Conselho de Segurança da Organização da ONU.

"Qualquer indivíduo ou entidade que não cumprir (com o estabelecido nestas sanções) enfrentará graves consequências", alertou.

Os EUA anunciaram em maio sua saída do pacto nuclear assinado em 2015 com o Irã junto com França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha, e em agosto já voltou a impor algumas das sanções que tinham sido retiradas com base nesse pacto.

Em novembro entrará em vigor uma nova rodada de restrições econômicas que penalizará os países e companhias que comprarem petróleo iraniano ou negociarem com o Banco Central do Irã, o que seria um duro golpe para a economia iraniana.

Macron discursou depois de Trump para afirmar que, embora o acordo nuclear de 2015 seja "imperfeito", representa um "passo decisivo", e criticou as sanções dos EUA.

"Estou de acordo com os objetivos do presidente dos EUA, inclusive se discordamos sobre o pacto nuclear, mas acredito que deveríamos construir juntos uma estratégia de longo prazo, e que não pode apenas se concentrar em sanções e contenção", indicou o presidente francês.

A sessão tinha foco nas armas de não-proliferação em massa, mas Trump a aproveitou para insistir em suas denúncias contra o Irã e acusar o país de "exportar violência e caos" e "alimentar o conflito no Oriente Médio e fora dele."

"Não se deve permitir nunca que um regime com este histórico possua uma arma nuclear", ressaltou Trump.

O presidente americano também elogiou Irã, Rússia e Síria por seguirem seu conselho e "desacelerarem significativamente seu ataque na província de Idlib", o último grande território sírio nas mãos dos rebeldes.

Nesse sentido, disse concordar com a criação de uma zona desmilitarizada em Idlib com base em um acordo entre Rússia e Turquia.