Polícia solta idosa que pediu fim das mortes em protestos na Nicarágua
Manágua, 30 set (EFE).- A Polícia Nacional da Nicarágua soltou a senhora de 78 anos que foi detida neste domingo e que em julho pediu o fim das mortes nos protestos que acontecem no país.
Miriam del Socorro Matus, conhecida como Dona Coquito, foi detida mais cedo, quando se dirigia a uma manifestação contra o presidente Daniel Ortega. A idosa ficou detida em uma unidade da Polícia Nacional apontada como centro de tortura por organismos defensores dos direitos humanos.
"Fui levada ao Chipote e pediram meus dados. Graças a Deus me trataram bem", disse ela aos jornalistas.
No momento da detenção, porém, Miriam contou que os agente a trataram de forma bruta e ela chegou a perder a consciência.
"Eu estava parada e um deles disse 'leva essa velha'. Dois deles me agarraram pelo pescoço e tentaram me colocar na caçamba da caminhonete. Como eu não posso subir porque tenho um joelho operado, eles me jogaram como um porco. Quando me senti muito maltratada, perdi a consciência", contou.
Na última sexta-feira, a Polícia Nacional afirmou que as manifestações contra o governo eram "ilegais". No entanto, organismos defensores dos direitos humanos ressaltaram que a Constituição da Nicarágua estabelece que os protestos são legítimos e não precisam de permissão das autoridades.
Dona Coquito trabalha vendendo água e biscoitos na rua e fatura cerca de US$ 2 por dia (menos de R$ 8). Ela se tornou conhecida em maio deste ano, quando deu alguns itens que vendia a um grupo de manifestantes que não tinha dinheiro para pagar.
Depois de ser solta, e já em casa, ela apelou, entre lágrimas, pelo fim das repressões.
O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) responsabilizou o governo por "mais de 300 mortes", além de crimes como execuções extrajudiciais, torturas, obstrução ao atendimento médico, detenções arbitrárias, sequestros e violência sexual. Organizações humanitárias elevam a 512 o número de mortos, mas Ortega reconhece menos de 200.
Os protestos contra ele e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, começaram há cinco meses, após uma proposta de reforma da previdência fracassar, e se transformaram em um movimento que exige a renúncia do governante, depois de 11 anos no poder, com acusações de abuso e corrupção.
Miriam del Socorro Matus, conhecida como Dona Coquito, foi detida mais cedo, quando se dirigia a uma manifestação contra o presidente Daniel Ortega. A idosa ficou detida em uma unidade da Polícia Nacional apontada como centro de tortura por organismos defensores dos direitos humanos.
"Fui levada ao Chipote e pediram meus dados. Graças a Deus me trataram bem", disse ela aos jornalistas.
No momento da detenção, porém, Miriam contou que os agente a trataram de forma bruta e ela chegou a perder a consciência.
"Eu estava parada e um deles disse 'leva essa velha'. Dois deles me agarraram pelo pescoço e tentaram me colocar na caçamba da caminhonete. Como eu não posso subir porque tenho um joelho operado, eles me jogaram como um porco. Quando me senti muito maltratada, perdi a consciência", contou.
Na última sexta-feira, a Polícia Nacional afirmou que as manifestações contra o governo eram "ilegais". No entanto, organismos defensores dos direitos humanos ressaltaram que a Constituição da Nicarágua estabelece que os protestos são legítimos e não precisam de permissão das autoridades.
Dona Coquito trabalha vendendo água e biscoitos na rua e fatura cerca de US$ 2 por dia (menos de R$ 8). Ela se tornou conhecida em maio deste ano, quando deu alguns itens que vendia a um grupo de manifestantes que não tinha dinheiro para pagar.
Depois de ser solta, e já em casa, ela apelou, entre lágrimas, pelo fim das repressões.
O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) responsabilizou o governo por "mais de 300 mortes", além de crimes como execuções extrajudiciais, torturas, obstrução ao atendimento médico, detenções arbitrárias, sequestros e violência sexual. Organizações humanitárias elevam a 512 o número de mortos, mas Ortega reconhece menos de 200.
Os protestos contra ele e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, começaram há cinco meses, após uma proposta de reforma da previdência fracassar, e se transformaram em um movimento que exige a renúncia do governante, depois de 11 anos no poder, com acusações de abuso e corrupção.
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