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Ataque do Estado Islâmico a milícia curda na Síria mata 41

27/10/2018 11h26

Cairo, 27 out (EFE).- Pelo menos 41 combatentes das Forças da Síria Democrática (FSD), uma milícia liderada por curdos, morreram nas últimas horas em uma série de ataques coordenados do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no nordeste da Síria, informou neste sábado o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O diretor da ONG, Rami Abdul Rahman, disse à Agência Efe que os jihadistas sequestraram pelo menos 20 integrantes das FSD, grupo apoiado pela coalizão internacional que atua no país contra os jihadistas.

Rahman também alertou que o número de vítimas é preliminar e que aguarda novas informações de sua rede de colaboradores no país árabe.

A ofensiva jihadista foi iniciada ontem à noite e durou até a manhã de hoje nas cidades de As Susa, Baguz e Hayin, todas na província de Deir ez Zor, a leste do rio Eufrates e perto da fronteira com o Iraque.

O objetivo do ataque foi atingir as bases das FSD e de outras tropas chegadas recentemente, como reforço para a ofensiva "Tempestade de Al Jazira", realizada por estas milícias contra o EI.

Os jihadistas conseguiram um "grande avanço" em As Susa e Baguz, depois de forçarem as FSD a se retirar, e ficaram com vários veículos e grande quantidade de armas deixadas para trás pelas milícias curdas, segundo a ONG.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou também que os aviões da coalizão internacional não prestaram apoio às FSD para tentar conter a ofensiva.

As FSD iniciaram a última fase de sua ofensiva contra os jihadistas em 11 de setembro, depois de semanas de bombardeios da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos.

Esta milícia foi a responsável, no ano passado, pela expulsão dos terroristas de Raqqa, a antiga capital de fato do califado proclamado pelo EI.