Advogado de paquistanesa Asia Bibi se refugia na Holanda por segurança
Haia, 5 nov (EFE).- O advogado Saif ul Malook, que representa a cristã Asia Bibi, que foi absolvida na semana passada pelo Supremo Tribunal do Paquistão de uma pena de morte por blasfêmia, fugiu do país por motivos de segurança e está na Holanda, confirmou nesta segunda-feira a fundação de Ajuda a Cristãos Perseguidos (HVC).
Em comunicado, a associação explicou que Malook, que deixou o Paquistão na sexta-feira porque "era perigoso" demais para ele, está na Holanda desde sábado com a ajuda da HVC, organização que também bancou as despesas de defesa de Asia Bibi.
O advogado divulgará hoje em Haia um texto com a história de sua cliente e explicará mais tarde os últimos acontecimentos em torno do caso, que levou às ruas milhares de radicais islâmicos do partido Tehreek-e-Labbaik Pakistan (TLP) que protestaram contra a absolvição de Asia, provocando a quase paralisação do país durante três dias.
A cristã paquistanesa Asia Bibi, mãe de cinco filhos, passou quase oito anos no corredor da morte desde que foi denunciada em 2009 por duas mulheres por supostamente insultar o profeta Maomé e condenada à morte um ano mais tarde.
O principal órgão judicial de seu país a absolveu na quarta-feira e anulou a condenação de morte por blasfêmia com o argumento de que foram observadas "graves contradições" e constatadas "mentiras" no testemunho das duas mulheres que a denunciaram.
A dura lei antiblasfêmia paquistanesa foi estabelecida na época colonial britânica para evitar confrontos religiosos, mas, nos anos 1980, várias reformas promovidas pelo então ditador, Muhammad Zia ul Haq, favoreceram o abuso desta norma.
Em comunicado, a associação explicou que Malook, que deixou o Paquistão na sexta-feira porque "era perigoso" demais para ele, está na Holanda desde sábado com a ajuda da HVC, organização que também bancou as despesas de defesa de Asia Bibi.
O advogado divulgará hoje em Haia um texto com a história de sua cliente e explicará mais tarde os últimos acontecimentos em torno do caso, que levou às ruas milhares de radicais islâmicos do partido Tehreek-e-Labbaik Pakistan (TLP) que protestaram contra a absolvição de Asia, provocando a quase paralisação do país durante três dias.
A cristã paquistanesa Asia Bibi, mãe de cinco filhos, passou quase oito anos no corredor da morte desde que foi denunciada em 2009 por duas mulheres por supostamente insultar o profeta Maomé e condenada à morte um ano mais tarde.
O principal órgão judicial de seu país a absolveu na quarta-feira e anulou a condenação de morte por blasfêmia com o argumento de que foram observadas "graves contradições" e constatadas "mentiras" no testemunho das duas mulheres que a denunciaram.
A dura lei antiblasfêmia paquistanesa foi estabelecida na época colonial britânica para evitar confrontos religiosos, mas, nos anos 1980, várias reformas promovidas pelo então ditador, Muhammad Zia ul Haq, favoreceram o abuso desta norma.