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Israel agradece EUA por sanções ao Irã e prevê "mudança radical" no Oriente Médio

Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu - Mindaugas Kulbis/AP
Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu Imagem: Mindaugas Kulbis/AP

Em Jerusalém

05/11/2018 09h29

O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, previu uma "enorme mudança" no Oriente Médio com a reimposição das sanções dos Estados Unidos sobre o Irã, que entram em vigor nesta segunda-feira.

"A decisão ousada do presidente Trump é a mudança radical que o Oriente Médio estava esperando. Em um único movimento, os Estados Unidos estão dando um duro golpe contra o fortalecimento do Irã em Síria, Líbano, Gaza, Iraque e Iêmen", disse o ministro israelense em comunicado difundido pelo seu escritório.

"Presidente Trump, você fez de novo! Obrigado", acrescentou Lieberman na nota.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também agradeceu a Trump a decisão no último sábado e lembrou que "vinha insistindo há anos na reimposição das sanções em sua totalidade contra o regime terrorista assassino do Irã que põe o mundo inteiro em risco".

Netanyahu garantiu que os efeitos das primeiras sanções impostas "já estão sendo sentidos: o rial (a moeda da República Islâmica) afundou, a economia iraniana está em depressão e os resultados são evidentes".

Além disso, o chefe de governo de Israel espera que as novas sanções enfraqueçam ainda mais o regime dos aiatolás, que Israel considera que representa um risco para sua existência.

A Casa Branca anunciou no último dia 2 a reimposição de todas as sanções sobre o Irã, mas com exceções temporárias para oito "jurisdições territoriais" que fizeram esforços por reduzir suas importações de petróleo iraniano.

A indústria petrolífera, as transações financeiras do Banco Central e o setor portuário do Irã são os alvos das sanções que entraram em vigor hoje.