Parlamento do Sri Lanka aprova moção de censura contra premiê do país
Colombo, 16 nov (EFE).- O Parlamento do Sri Lanka aprovou nesta sexta-feira, em mais uma sessão caótica, uma moção de censura contra o primeiro-ministro, o ex-presidente Mahinda Rajapaksa, a segunda nesta semana, depois que o presidente do país, Maithripala Sirisena, anunciou ontem que acataria o resultado de uma nova votação.
O presidente da Câmara, Karu Jayasuriya, informou em carta enviada a Sirisena que, conforme foi estabelecido em reunião ontem, a moção de censura de hoje "foi aprovada seguindo o regulamento do Parlamento".
Na carta, Jayasuriya também anexou um documento com as assinaturas de 122 deputados, de um total de 225, para corroborar o sucesso da moção de censura contra Rajapaksa, indicado por Sirisena no fim de outubro para substituir o então primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, que qualificou a decisão de "ilegal".
Sirisena rejeitou a moção de censura aprovada na quarta-feira contra Rajapaksa porque - segundo ele - estava "cheia de irregularidades", por isso a Câmara a votou hoje novamente, seguindo o procedimento estipulado ontem à noite entre o presidente e Jayasuriya.
Enquanto isso, Rajapaksa continua como primeiro-ministro, até que Sirisena ratifique o resultado da nova votação.
A sessão de hoje, como tinha ocorrido na quarta e na quinta-feira, foi marcada pelo caos e por alguns incidentes violentos, depois que deputados do grupo de Rajapaksa tentaram agredir Jayasuriya, que teve que ser protegido pelas forças de segurança enquanto os parlamentares lhe repreendiam e jogavam todo o tipo de objetos contra ele.
"Peço aos parlamentares que defendam o tempo todo a tradição dos princípios da democracia parlamentar. Sob nenhuma circunstância suspenderei o Parlamento", escreveu Sirisena em mensagem no Twitter, se distanciando da violência.
A moção de censura aprovada na quarta-feira aconteceu durante a primeira sessão do Parlamento desde o início da crise.
Sirisena tomou a decisão de suspender as sessões da Casa em 27 de outubro, um dia depois de determinar a substituição de Wickremesinghe por Rajapaksa.
A esta decisão somou-se no domingo a de dissolver a Câmara, pouco depois de anunciar que seu partido não tinha conseguido apoio suficiente para apoiar a nomeação de Rajapaksa, mas na terça-feira o Tribunal Supremo revogou a ordem de Sirisena.
A relação entre Sirisena e Wickremesinghe veio piorando durante os últimos três anos até o ponto de Rajapaksa pedir ao presidente que dissolvesse o governo no início de outubro.
Rajapaksa, que foi chefe de Estado entre 2005 e 2015, perdeu de maneira inesperada as últimas eleições presidenciais contra Sirisena, após uma gestão controversa marcada pelo fim do conflito contra a guerrilha tâmil em 2009.
O presidente da Câmara, Karu Jayasuriya, informou em carta enviada a Sirisena que, conforme foi estabelecido em reunião ontem, a moção de censura de hoje "foi aprovada seguindo o regulamento do Parlamento".
Na carta, Jayasuriya também anexou um documento com as assinaturas de 122 deputados, de um total de 225, para corroborar o sucesso da moção de censura contra Rajapaksa, indicado por Sirisena no fim de outubro para substituir o então primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, que qualificou a decisão de "ilegal".
Sirisena rejeitou a moção de censura aprovada na quarta-feira contra Rajapaksa porque - segundo ele - estava "cheia de irregularidades", por isso a Câmara a votou hoje novamente, seguindo o procedimento estipulado ontem à noite entre o presidente e Jayasuriya.
Enquanto isso, Rajapaksa continua como primeiro-ministro, até que Sirisena ratifique o resultado da nova votação.
A sessão de hoje, como tinha ocorrido na quarta e na quinta-feira, foi marcada pelo caos e por alguns incidentes violentos, depois que deputados do grupo de Rajapaksa tentaram agredir Jayasuriya, que teve que ser protegido pelas forças de segurança enquanto os parlamentares lhe repreendiam e jogavam todo o tipo de objetos contra ele.
"Peço aos parlamentares que defendam o tempo todo a tradição dos princípios da democracia parlamentar. Sob nenhuma circunstância suspenderei o Parlamento", escreveu Sirisena em mensagem no Twitter, se distanciando da violência.
A moção de censura aprovada na quarta-feira aconteceu durante a primeira sessão do Parlamento desde o início da crise.
Sirisena tomou a decisão de suspender as sessões da Casa em 27 de outubro, um dia depois de determinar a substituição de Wickremesinghe por Rajapaksa.
A esta decisão somou-se no domingo a de dissolver a Câmara, pouco depois de anunciar que seu partido não tinha conseguido apoio suficiente para apoiar a nomeação de Rajapaksa, mas na terça-feira o Tribunal Supremo revogou a ordem de Sirisena.
A relação entre Sirisena e Wickremesinghe veio piorando durante os últimos três anos até o ponto de Rajapaksa pedir ao presidente que dissolvesse o governo no início de outubro.
Rajapaksa, que foi chefe de Estado entre 2005 e 2015, perdeu de maneira inesperada as últimas eleições presidenciais contra Sirisena, após uma gestão controversa marcada pelo fim do conflito contra a guerrilha tâmil em 2009.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.