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Interpol diz que eleição de Kim Jong Yang foi "livre e transparente"

21/11/2018 16h30

Dubai, 21 nov (EFE).- O secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, defendeu nesta quarta-feira que a escolha do sul-coreano Kim Jong Yang como novo presidente da organização durante a Assembleia Geral realizada em Dubai (Emirados Árabes) foi "democrática, transparente, livre e clara".

Em entrevista coletiva ao término do encontro de quatro dias, ele destacou que o processo de votação foi igual para todos os candidatos, embora a organização não tenha revelado quantos votos cada um recebeu, e aproveitou para enfatizar a experiência do sul-coreano, que esteve à frente da organização de forma interina desde o início de outubro, após a prisão de Meng Hongwei.

Kim Jong Yang venceu o russo Alexander Prokopchuk, cuja candidatura provocou críticas dos Estados Unidos e de vários países europeus, que temiam uma possível politização da Interpol.

O Kremlin denunciou "fortes pressões" no processo, de acordo com as declarações de vários países na véspera. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu, no entanto, que a Rússia aceitou o resultado.

Entre as vozes que foram contra a candidatura de Prokopchuk, um importante funcionário dos serviços de segurança da Rússia, estava a de um grupo de senadores dos Estados Unidos que o acusaram de usar a Interpol para perseguir opositores.

Kim sucede Hongwei, que foi presidente da organização até ser detido no fim de setembro pelas autoridades de Pequim por "violações da lei" não detalhadas.