Quênia lança primeiro plano de proteção às girafas
Nairóbi, 21 nov (EFE).- O Quênia lançou nesta quarta-feira pela primeira vez um plano de proteção e recuperação das girafas, cuja população reduziu 40% no país nas três últimas décadas, passando de cerca 45 mil exemplares em 1998 para aproximadamente 28.850 atualmente.
Trata-se do novo Plano Nacional de Recuperação e Ação para Girafas, que conta com o apoio financeiro do Serviço de Conservação da Fauna do Quênia (KWS, em inglês) e de organizações conservacionistas.
Essa estratégia foi apresentada hoje pelo ministro queniano de Turismo e Fauna, Najib Balala, que a descreveu como uma "obrigação" para as instituições quenianas.
O programa deve ser desenvolvido durante os próximos cinco anos e inclui cerca de 80 medidas destinadas a combater os principais desafios, causados ou não pelo ser humano, que enfrenta este animal: a destruição ou fragmentação de seu hábitat, a caça ilegal, a mudança climática e as doenças contagiosas.
"Nesta tarefa, queremos trabalhar guiados pela ciência e pelo conhecimento tradicional", ressaltou o presidente do KWS, John Waithaka.
Das nove subespécies de girafa que habitam a África, três - a masai, a reticulada e a de Rothschild - vivem no Quênia, algo que transforma o país no epicentro "da diversidade" da espécie, segundo o diretor-geral interino do KWS, Charles Musyoki.
Concretamente, estes animais podem ser encontrados em algumas das reservas naturais mais importantes do país, como o Parque Nacional de Amboseli (oeste), o Masai Mara (sul), o Parque Nacional de Tsavo (sudeste) e o Parque Nacional de Nairóbi.
No entanto, menos de 10% do total de população de girafas vivem em espaços protegidos como estes, enquanto a imensa maioria habita terrenos privados e públicos.
Por isso, a nova estratégia "se compromete com as comunidades, os proprietários de terras e outros colaboradores" e aposta por uma "responsabilidade compartilhada" do problema, disse Waithaka.
Entre os múltiplos objetivos estabelecidos pelo programa, para os quais é especificado um período máximo de cumprimento, mas não uma dotação orçamentária concreta, destaca, por exemplo, a redução da caça ilegal em 50% durante os próximos cinco anos.
Para isso, são detalhadas medidas como assegurar uma aplicação mais rigorosa da lei contra o consumo de carne de animais selvagens, promover iniciativas além das fronteiras com autoridades de países contíguos e pressionar o Governo central para o desarmamento de caçadores ilegais em zonas onde vivem as girafas.
Além disso, o plano procura ampliar e aprofundar o conhecimento e a pesquisa em torno destes mamíferos, promover campanhas de sensibilização e uma supervisão médica regular das girafas que vivem em cativeiro, para evitar o desenvolvimento de doenças.
As girafas ainda não foram incluídas na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Flora e Fauna Silvestre (CITES, em inglês), dado que não existem suficientes dados sobre o comércio internacional com estes animais.
No entanto, a lei queniana de conservação de vida silvestre de 2013 as reconhece como espécie em perigo de extinção.
Até agora, os esforços do KWS e de organizações conservacionistas tinham se centrado em outras espécies, como o elefante e o rinoceronte negro, mas agora "com o apoio político do ministério, não há desculpa para não enfrentar com audácia os problemas de um dos ícones da África", concluiu Waithaka.
Trata-se do novo Plano Nacional de Recuperação e Ação para Girafas, que conta com o apoio financeiro do Serviço de Conservação da Fauna do Quênia (KWS, em inglês) e de organizações conservacionistas.
Essa estratégia foi apresentada hoje pelo ministro queniano de Turismo e Fauna, Najib Balala, que a descreveu como uma "obrigação" para as instituições quenianas.
O programa deve ser desenvolvido durante os próximos cinco anos e inclui cerca de 80 medidas destinadas a combater os principais desafios, causados ou não pelo ser humano, que enfrenta este animal: a destruição ou fragmentação de seu hábitat, a caça ilegal, a mudança climática e as doenças contagiosas.
"Nesta tarefa, queremos trabalhar guiados pela ciência e pelo conhecimento tradicional", ressaltou o presidente do KWS, John Waithaka.
Das nove subespécies de girafa que habitam a África, três - a masai, a reticulada e a de Rothschild - vivem no Quênia, algo que transforma o país no epicentro "da diversidade" da espécie, segundo o diretor-geral interino do KWS, Charles Musyoki.
Concretamente, estes animais podem ser encontrados em algumas das reservas naturais mais importantes do país, como o Parque Nacional de Amboseli (oeste), o Masai Mara (sul), o Parque Nacional de Tsavo (sudeste) e o Parque Nacional de Nairóbi.
No entanto, menos de 10% do total de população de girafas vivem em espaços protegidos como estes, enquanto a imensa maioria habita terrenos privados e públicos.
Por isso, a nova estratégia "se compromete com as comunidades, os proprietários de terras e outros colaboradores" e aposta por uma "responsabilidade compartilhada" do problema, disse Waithaka.
Entre os múltiplos objetivos estabelecidos pelo programa, para os quais é especificado um período máximo de cumprimento, mas não uma dotação orçamentária concreta, destaca, por exemplo, a redução da caça ilegal em 50% durante os próximos cinco anos.
Para isso, são detalhadas medidas como assegurar uma aplicação mais rigorosa da lei contra o consumo de carne de animais selvagens, promover iniciativas além das fronteiras com autoridades de países contíguos e pressionar o Governo central para o desarmamento de caçadores ilegais em zonas onde vivem as girafas.
Além disso, o plano procura ampliar e aprofundar o conhecimento e a pesquisa em torno destes mamíferos, promover campanhas de sensibilização e uma supervisão médica regular das girafas que vivem em cativeiro, para evitar o desenvolvimento de doenças.
As girafas ainda não foram incluídas na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Flora e Fauna Silvestre (CITES, em inglês), dado que não existem suficientes dados sobre o comércio internacional com estes animais.
No entanto, a lei queniana de conservação de vida silvestre de 2013 as reconhece como espécie em perigo de extinção.
Até agora, os esforços do KWS e de organizações conservacionistas tinham se centrado em outras espécies, como o elefante e o rinoceronte negro, mas agora "com o apoio político do ministério, não há desculpa para não enfrentar com audácia os problemas de um dos ícones da África", concluiu Waithaka.
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