Rússia rebate críticas da UE e acusa Ucrânia de militarizar Mar de Azov
Moscou, 21 nov (EFE).- O Ministério de Relações Exteriores da Rússia rebateu nesta quarta-feira críticas feitas pela União Europeia (UE) após ser acusada de elevar as tensões com a Ucrânia no Mar de Azov e acusou o governo vizinho de militarizar a região.
"Apesar das declarações de Kiev e Bruxelas, a Rússia não está ampliando sua presença militar no Mar de Azov. As tropas para lá enviadas são utilizadas para proteger a ponte da Crimeia", afirmou a Chancelaria russa em comunicado divulgado hoje.
"As ações da Ucrânia, que anunciou a construção de uma base naval em Berdianks e fecha continuamente zonas do Mar de Azov para efetuar exercícios de tiro de artilharia, estão precisamente dirigidas à militarização da região", completou o governo russo na nota.
O Kremlin ainda afirmou que está "profundamente preocupado" com as "contínuas tentativas" da Ucrânia de piorar a situação no Mar de Azov. E lamentou que as tentativas do governo vizinho de desestabilizar as relações bilaterais "encontrem apoio em alguns países", entre eles os membros do bloco europeu.
Na nota, o governo russo nega ter cometido qualquer ação ilegal ou agressiva no Mar de Azov e no Estreito de Kerch.
"Desde a reunificação da península da Crimeia e de Sebastopol, as ações realizadas em tais regiões estão em conformidade com o direito internacional, dirigidas a garantir a segurança e correspondem à magnitude das ameaças provenientes de extremistas, inclusive de ucranianos", argumentou o governo da Rússia no comunicado.
A diplomacia russa também defendeu a legitimidade das inspeções feitas por militares do país em navios que passam pela região, uma medida considerada como excessiva por Ucrânia e UE.
"O aumento do número de inspeções desde abril de 2018 é um reforço das medidas de segurança no Estreito de Kerch devido à exploração, em primeiro lugar, da ponte da Crimeia. Não é um desejo de exercer pressão política ou econômica sobre a Ucrânia, como Kiev, Washington e Bruxelas tentam apresentar", afirmou o comunicado.
Segundo o governo russo, quase metade dos navios inspecionados desde abril eram de bandeira russa.
Apesar de mostrar disposição a dialogar sobre a situação na região, o Kremlin alerta a Ucrânia que qualquer tentativa de mudar o status do Mar de Azov de forma unilateral não será reconhecida.
"A Rússia alerta que toda a responsabilidade por um possível agravamento da situação na área aquática do Azov-Kerch está sobre a Ucrânia e os países que apoiarem suas ações provocadoras", concluiu o Kremlin na nota sobre o caso.
A alta representante de Política Externa da UE, Federica Mogherini, afirmou na segunda-feira que o bloco poderia tomar medidas para estabilizar a situação na região.
A tensão no Mar de Azov cresceu desde a inauguração em maio de uma ponte que une a Crimeia até a Rússia continental através do Estreito de Kerch.
A Ucrânia, que acusa o Kremlin de bloquear a circulação de navios na região com as inspeções, informou que vai revisar toda a base legal da cooperação com a Rússia, incluindo um acordo sobre o Mar de Azov e o Estreito de Kerch, assinado pelos países em 2023.
"Apesar das declarações de Kiev e Bruxelas, a Rússia não está ampliando sua presença militar no Mar de Azov. As tropas para lá enviadas são utilizadas para proteger a ponte da Crimeia", afirmou a Chancelaria russa em comunicado divulgado hoje.
"As ações da Ucrânia, que anunciou a construção de uma base naval em Berdianks e fecha continuamente zonas do Mar de Azov para efetuar exercícios de tiro de artilharia, estão precisamente dirigidas à militarização da região", completou o governo russo na nota.
O Kremlin ainda afirmou que está "profundamente preocupado" com as "contínuas tentativas" da Ucrânia de piorar a situação no Mar de Azov. E lamentou que as tentativas do governo vizinho de desestabilizar as relações bilaterais "encontrem apoio em alguns países", entre eles os membros do bloco europeu.
Na nota, o governo russo nega ter cometido qualquer ação ilegal ou agressiva no Mar de Azov e no Estreito de Kerch.
"Desde a reunificação da península da Crimeia e de Sebastopol, as ações realizadas em tais regiões estão em conformidade com o direito internacional, dirigidas a garantir a segurança e correspondem à magnitude das ameaças provenientes de extremistas, inclusive de ucranianos", argumentou o governo da Rússia no comunicado.
A diplomacia russa também defendeu a legitimidade das inspeções feitas por militares do país em navios que passam pela região, uma medida considerada como excessiva por Ucrânia e UE.
"O aumento do número de inspeções desde abril de 2018 é um reforço das medidas de segurança no Estreito de Kerch devido à exploração, em primeiro lugar, da ponte da Crimeia. Não é um desejo de exercer pressão política ou econômica sobre a Ucrânia, como Kiev, Washington e Bruxelas tentam apresentar", afirmou o comunicado.
Segundo o governo russo, quase metade dos navios inspecionados desde abril eram de bandeira russa.
Apesar de mostrar disposição a dialogar sobre a situação na região, o Kremlin alerta a Ucrânia que qualquer tentativa de mudar o status do Mar de Azov de forma unilateral não será reconhecida.
"A Rússia alerta que toda a responsabilidade por um possível agravamento da situação na área aquática do Azov-Kerch está sobre a Ucrânia e os países que apoiarem suas ações provocadoras", concluiu o Kremlin na nota sobre o caso.
A alta representante de Política Externa da UE, Federica Mogherini, afirmou na segunda-feira que o bloco poderia tomar medidas para estabilizar a situação na região.
A tensão no Mar de Azov cresceu desde a inauguração em maio de uma ponte que une a Crimeia até a Rússia continental através do Estreito de Kerch.
A Ucrânia, que acusa o Kremlin de bloquear a circulação de navios na região com as inspeções, informou que vai revisar toda a base legal da cooperação com a Rússia, incluindo um acordo sobre o Mar de Azov e o Estreito de Kerch, assinado pelos países em 2023.
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