Indígenas temem mais retrocessos com governo de Bolsonaro
Cidade do Panamá, 22 nov (EFE).- Participantes do VII Congresso Mesoamericano expressaram preocupação nesta quinta-feira com os retrocessos contra os direitos dos povos indígenas no Brasil a partir de janeiro do próximo ano, após a posse de Jair Bolsonaro.
As lideranças indígenas que participam do evento também criticaram as polêmicas propostas do presidente eleito de aproveitar os recursos naturais em territórios demarcados e as declarações de Bolsonaro sobre o meio ambiente.
Segundo os participantes do congresso, Bolsonaro defendeu reiteradas vezes durante a campanha grandes produtores rurais e empresas de mineração que reivindicam posse sobre terras de reservas indígenas.
Levi Sucre, costa-riquenho da etnia Bri Bri e coordenador da Aliança Mesoamericana de Povos e Florestas (AMPB), que organiza o congresso, disse a jornalistas que o momento é de analisar a situação e exigir que Bolsonaro respeite os direitos dos indígenas.
Sucre alertou a comunidade internacional sobre a "intensificação de uma política mais agressiva, que está pondo em risco nossos direitos como povos indígenas, nossos recursos naturais e as florestas onde convivemos desde os nossos ancestrais".
Além disso, o coordenador da AMPB declarou que a entidade irá resistir a qualquer atropelo e se solidarizar com os "irmãos brasileiros e de qualquer país do mundo que seja alvo de perseguição ou de ataques para defender seus direitos".
Líder do grupo Povos Indígenas do Brasil, Valeria Paye disse hoje no Panamá que está preocupada com as declarações de Bolsonaro, que, segundo ela, "motivaram criminalização de nossos líderes e a liberação de territórios que já estão demarcados para que possam entrar as empresas e o capital".
"E há também o anúncio feito pelo presidente (durante a campanha) que não somente não vai demarcar novos territórios indígenas, mas vai acabar com o ativismo dos movimentos sociais. Os indígenas é o primeiro movimento que está ameaçado", ressaltou.
No Brasil, cerca de 600 reservas indígenas, equivalentes a 13% do território nacional, estão demarcadas, mas existem muitas outras áreas reivindicadas por tribos a espera de delimitação.
Também preocupa, segundo Paye, o anúncio de Bolsonaro de retirar o Brasil do Acordo de Paris sobre a Mudança Climática. O presidente eleito, no entanto, recuou e já afirmou que o país seguirá fazendo parte do pacto.
"Isso nos preocupa e viemos aqui discutir nesse encontro", afirmou a ativista.
As lideranças indígenas que participam do evento também criticaram as polêmicas propostas do presidente eleito de aproveitar os recursos naturais em territórios demarcados e as declarações de Bolsonaro sobre o meio ambiente.
Segundo os participantes do congresso, Bolsonaro defendeu reiteradas vezes durante a campanha grandes produtores rurais e empresas de mineração que reivindicam posse sobre terras de reservas indígenas.
Levi Sucre, costa-riquenho da etnia Bri Bri e coordenador da Aliança Mesoamericana de Povos e Florestas (AMPB), que organiza o congresso, disse a jornalistas que o momento é de analisar a situação e exigir que Bolsonaro respeite os direitos dos indígenas.
Sucre alertou a comunidade internacional sobre a "intensificação de uma política mais agressiva, que está pondo em risco nossos direitos como povos indígenas, nossos recursos naturais e as florestas onde convivemos desde os nossos ancestrais".
Além disso, o coordenador da AMPB declarou que a entidade irá resistir a qualquer atropelo e se solidarizar com os "irmãos brasileiros e de qualquer país do mundo que seja alvo de perseguição ou de ataques para defender seus direitos".
Líder do grupo Povos Indígenas do Brasil, Valeria Paye disse hoje no Panamá que está preocupada com as declarações de Bolsonaro, que, segundo ela, "motivaram criminalização de nossos líderes e a liberação de territórios que já estão demarcados para que possam entrar as empresas e o capital".
"E há também o anúncio feito pelo presidente (durante a campanha) que não somente não vai demarcar novos territórios indígenas, mas vai acabar com o ativismo dos movimentos sociais. Os indígenas é o primeiro movimento que está ameaçado", ressaltou.
No Brasil, cerca de 600 reservas indígenas, equivalentes a 13% do território nacional, estão demarcadas, mas existem muitas outras áreas reivindicadas por tribos a espera de delimitação.
Também preocupa, segundo Paye, o anúncio de Bolsonaro de retirar o Brasil do Acordo de Paris sobre a Mudança Climática. O presidente eleito, no entanto, recuou e já afirmou que o país seguirá fazendo parte do pacto.
"Isso nos preocupa e viemos aqui discutir nesse encontro", afirmou a ativista.
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