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"Ninguém tem razões para estar contente" com cúpula do Brexit, afirma Tusk

24/11/2018 14h21

Bruxelas, 24 nov (EFE).- O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, confirmou neste sábado que a cúpula para aprovar o acordo do Brexit será realizada no domingo, mas admitiu que "ninguém tem razões para estar contente".

"Recomendarei que aprovemos no domingo o resultado das negociações do Brexit. Ninguém tem razões para estar contente. Mas, pelo menos, neste momento crítico, os 27 Estados-membros passaram a imagem de união e solidariedade", disse Tusk em carta aos governantes.

O convite enviado por Tusk detalha que a reunião terá início às 9h30 (hora local; 6h30 em Brasília) do domingo.

"Vamos nos reunir amanhã para finalizar e formalizar o resultado das negociações do Brexit", confirmou o político polonês.

Antes de enviar a carta de convite, Tusk havia informado através de um porta-voz que falou por telefone com o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, e que, após a conversa, teve mais certeza sobre a realização da cúpula, à qual a Espanha ainda não tinha confirmado presença devido às dúvidas sobre a questão de Gibraltar.

O presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, também falou com Sánchez e garantiu no Twitter que "a solidariedade, a determinação e o diálogo são os meios para encontrar soluções na União Europeia".

Tusk deixou claro na carta que, ao longo das negociações, "ninguém quis derrotar ninguém" e que "todos buscavam um acordo bom e justo".

"Acredito que finalmente alcançamos o melhor compromisso possível", concluiu.

Posteriormente, o presidente do governo espanhol anunciou em entrevista coletiva que a Espanha chegou a um acordo sobre Gibraltar e, portanto, suspenderá o veto na reunião de governantes em Bruxelas e votará a favor do Brexit.

Na cúpula de domingo, Tusk pedirá aos 27 países que permanecerão na UE após a saída do Reino Unido - marcada para o dia 29 de março - para que apoiem o acordo de retirada e aprovem a declaração política negociada com Londres com diretrizes sobre como será a relação entre as partes no futuro.

Em seguida, os representantes dos países se reunirão com a primeira-ministra britânica, Theresa May, para "considerar de forma conjunta os próximos passos".