Rússia quer que União Europeia envie "mensagem forte a Kiev"
Paris, 27 nov (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, considerou nesta terça-feira que a União Europeia (UE) teria que enviar "uma mensagem forte a Kiev" para evitar novos incidentes como o que aconteceu no Estreito de Kerch entre embarcações militares de Rússia e Ucrânia.
Lavrov, que fez um pronunciamento à imprensa em Paris ao lado do ministro das Relações Exteriores francês Jean-Yves Le Drian, insistiu que não vê "necessidade de mediadores" na disputa aberta por esse incidente com a Ucrânia e insistiu que as autoridades ucranianas são responsáveis pelo mesmo.
"Este incidente foi conscientemente provocado" pela Ucrânia, disse o ministro russo, já que, se seus navios tivessem utilizado outra via, poderiam navegar por esse estreito próximo da Crimeia, uma península ucraniana que a Rússia anexou unilateralmente em 2014.
Lavrov afirmou que nem o Conselho de Segurança da ONU, nem a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), nem outras instâncias internacionais, são pertinentes para solucionar essa questão.
O ministro russo também fez questão de corrigir a UE, que situa o enfrentamento no Mar de Azov, e disse que o mesmo ocorreu no Mar Negro. Os dois mares estão conectados precisamente pelo Estreito de Kerch, alvo de disputas entre Moscou e Kiev pela Crimeia.
Le Drian, por sua vez, reivindicou contenção e "calma" às duas partes e estimou que "o incidente se deve, em parte, à forte militarização da região".
O ministro francês disse que espera "um gesto da Rússia", que consista na libertação dos marinheiros ucranianos capturados na operação de domingo, e também que telefonará para o chefe da diplomacia ucraniana para que "contribua para reduzir" as tensões.
A guarda costeira russa capturou no domingo três navios da marinha ucraniana e, durante a ação, acabou ferindo vários de seus tripulantes, que foram acusados de violação de suas águas territoriais ao se dirigirem ao Estreito de Kerch.
Para a França, isso foi "consequência direta" da anexação da Crimeia, que foi feita através da "violação do direito internacional".
Sobre o conflito armado no leste da Ucrânia com separatistas pró-Rússia, perto da fronteira russa, Lavrov exigiu a aplicação dos acordos de Minsk assinados por Moscou e Kiev "em sua integridade". Para o ministro russo, isso faria com que as autoridades ucranianas acabassem com a "violação dos direitos das minorias nacionais" nesses territórios.
Os dois ministros de Relações Exteriores também falaram de outros assuntos da atualidade internacional, como a Síria, as relações entre Rússia e UE, e o acordo nuclear com o Irã, que ambas as partes querem defender do boicote dos Estados Unidos.
O chefe da diplomacia francesa admitiu que os dois têm "diferenças de enfoque, que em algumas ocasiões são profundas", mas, apesar de tudo, afirmou que a Rússia é "um grande parceiro internacional", como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, e que "a cooperação pode ser eficaz se estiver concentrada em projetos concretos".
Lavrov, que fez um pronunciamento à imprensa em Paris ao lado do ministro das Relações Exteriores francês Jean-Yves Le Drian, insistiu que não vê "necessidade de mediadores" na disputa aberta por esse incidente com a Ucrânia e insistiu que as autoridades ucranianas são responsáveis pelo mesmo.
"Este incidente foi conscientemente provocado" pela Ucrânia, disse o ministro russo, já que, se seus navios tivessem utilizado outra via, poderiam navegar por esse estreito próximo da Crimeia, uma península ucraniana que a Rússia anexou unilateralmente em 2014.
Lavrov afirmou que nem o Conselho de Segurança da ONU, nem a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), nem outras instâncias internacionais, são pertinentes para solucionar essa questão.
O ministro russo também fez questão de corrigir a UE, que situa o enfrentamento no Mar de Azov, e disse que o mesmo ocorreu no Mar Negro. Os dois mares estão conectados precisamente pelo Estreito de Kerch, alvo de disputas entre Moscou e Kiev pela Crimeia.
Le Drian, por sua vez, reivindicou contenção e "calma" às duas partes e estimou que "o incidente se deve, em parte, à forte militarização da região".
O ministro francês disse que espera "um gesto da Rússia", que consista na libertação dos marinheiros ucranianos capturados na operação de domingo, e também que telefonará para o chefe da diplomacia ucraniana para que "contribua para reduzir" as tensões.
A guarda costeira russa capturou no domingo três navios da marinha ucraniana e, durante a ação, acabou ferindo vários de seus tripulantes, que foram acusados de violação de suas águas territoriais ao se dirigirem ao Estreito de Kerch.
Para a França, isso foi "consequência direta" da anexação da Crimeia, que foi feita através da "violação do direito internacional".
Sobre o conflito armado no leste da Ucrânia com separatistas pró-Rússia, perto da fronteira russa, Lavrov exigiu a aplicação dos acordos de Minsk assinados por Moscou e Kiev "em sua integridade". Para o ministro russo, isso faria com que as autoridades ucranianas acabassem com a "violação dos direitos das minorias nacionais" nesses territórios.
Os dois ministros de Relações Exteriores também falaram de outros assuntos da atualidade internacional, como a Síria, as relações entre Rússia e UE, e o acordo nuclear com o Irã, que ambas as partes querem defender do boicote dos Estados Unidos.
O chefe da diplomacia francesa admitiu que os dois têm "diferenças de enfoque, que em algumas ocasiões são profundas", mas, apesar de tudo, afirmou que a Rússia é "um grande parceiro internacional", como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, e que "a cooperação pode ser eficaz se estiver concentrada em projetos concretos".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.