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Líderes europeus mostram sintonia com Macri antes da cúpula do G20

29/11/2018 23h27

Buenos Aires, 29 nov (EFE).- O presidente da França, Emmanuel Macron; o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, e os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, se encontraram nesta quinta-feira com o governante argentino, Mauricio Macri, com quem mostraram boa sintonia.

Na véspera do início em Buenos Aires da cúpula do G20, os líderes europeus ofereceram seu apoio ao presidente argentino, cujo país se encontra imerso em uma delicada situação econômica, e assinaram vários acordos de cooperação no marco das reuniões bilaterais.

A primeira reunião de Macri aconteceu com o presidente francês, que expressou em entrevista coletiva conjunta seu apoio à agenda "de reformas" do governo argentino, e opinou que é "essencial, não só para a Argentina, mas para toda a região, continuar por esta via".

"Acredito que todos os investidores nacionais e internacionais deveriam poder entender e acompanhar com sua confiança o espírito de seriedade que o senhor fixou, com essa vontade de abrir a economia que servirá para toda a população e que a França acompanha", acrescentou Macron diante de um sorridente Macri.

O presidente francês lembrou que apoiou à Argentina no seu pedido de resgate ao FMI e, embora tenha mostrado dúvidas sobre a assinatura do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul pelas posições do presidente eleito, Jair Bolsonaro, especificou que nesse tema está próximo e pretende "avançar" com a Argentina.

Mais tarde, Macri se reuniu com os líderes das instituições europeias, em um encontro no qual ambas partes destacaram a "proximidade de posições" em fóruns internacionais, "especialmente nas Nações Unidas", e destacaram que "compartilham pontos de vista similares quanto à relevância do sistema multilateral, do comércio aberto e de uma ordem internacional baseada em normas".

Juncker e Tusk repassaram também o estado das negociações do tratado comercial entre a UE e o Mercosul, "no qual ambas partes seguem muito comprometidas".

Além disso, os líderes comunitários convidaram Macri a realizar uma visita a Bruxelas no próximo ano.

Por último, Macri e o primeiro-ministro italiano se reuniram antes de participar de um brinde de homenagem com várias centenas de convidados da comunidade italiana no país, a mais numerosa no mundo, um laço no qual ambos dirigentes se apoiaram para defender uma maior aproximação.

Conte sustentou que a troca entre ambas nações já é "grande", mas garantiu que "ainda vão torná-la mais profunda", e argumentou que "as relações culturais e científicas são a melhor base para as relações econômicas e políticas".

Conte citou como matérias nas quais a Argentina e a Itália vão intensificar suas relações a infraestrutura, a energia, a defesa e a agricultura, temas nos quais "podem trabalhar juntos oferecendo um benefício recíproco".

Nos três encontros bilaterais, Macri quis deixar claro sua proximidade com as posições europeias, e ratificou, horas antes do começo do G20, seu "compromisso com o dialogo, a integração, o comércio mundial, o multilateralismo e a agenda verde".