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Otan ressalta que já aumentou presença no mar Negro

29/11/2018 17h36

Bruxelas, 29 nov (EFE).- A Otan ressaltou nesta quinta-feira que já aumentou "substancialmente" sua presença no mar Negro devido à anexação da península da Crimeia pela Rússia, e continuará avaliando sua posição, após o governo da Ucrânia solicitar apoio com soldados na região devido à última crise com Moscou.

"Já há muita (presença da) Otan no mar Negro, e continuaremos avaliando nossa presença na região", disse à Agência Efe a porta-voz da organização, Oana Lungescu, ao ser perguntada sobre as últimas declarações do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, nas quais mostrou esperança de que a Otan possa enviar navios ao mar de Azov por ocasião do incidente de domingo no estreito de Kerch com soldados russos.

Oana lembrou que, "desde a anexação ilegal da Crimeia pela Rússia, em 2014, a Otan aumentou substancialmente sua presença no mar Negro".

A porta-voz disse que embarcações da organização já realizam patrulhas rotineiras e exercícios no mar Negro, e que em 2018 os navios aliados passaram 120 dias nessa área, contra 80 no ano passado.

Além disso, vários aliados garantiram o monitoramento aéreo da região, e voos regulares de reconhecimento foram realizados sobre o mar Negro, e a Otan mantém uma brigada multinacional liderada pela Romênia com base na cidade de Craiova.

No último domingo, a guarda costeira russa capturou três navios militares ucranianos e feriu vários tripulantes no estreito de Kerch, que liga o mar Negro ao de Azov.

"A Alemanha é um de nossos aliados mais próximos, e esperamos que dentro da Otan haja agora países dispostos a enviar navios militares ao mar de Azov para apoiar a Ucrânia e garantir a segurança", afirmou Poroshenko em entrevista publicada hoje pelo jornal alemão "Bild".