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Taiwan confirma passagem de navios de guerra dos EUA por estreito de Formosa

29/11/2018 09h44

Taipé, 29 nov (EFE).- O Ministério de Defesa de Taiwan confirmou nesta quinta-feira a passagem de dois navios de guerra americanos pelo estreito de Formosa, a terceira vez em um ano que embarcações militares desse país cruzam o ponto que separa Taiwan e China.

"Os navios americanos navegaram em direção sudoeste, depois de entrar no estreito vindo de nordeste de Taiwan durante a manhã de segunda-feira passada", informou o departamento de Defesa em comunicado, com o que confirmou o anunciado ontem pelo Pentágono.

A pasta afirmou que as duas embarcações - um destróier e um barco de apoio - navegaram através de "águas internacionais" do estreito, e acrescentou que "o território é capaz de defender seu espaço marítimo e sua segurança aeroespacial".

Em dias anteriores, Taiwan já tinha justificado a navegação de navios americanos através do estreito de Formosa e em águas internacionais, assinalando que as ações americanas são "defensoras da paz e estabilidade na região".

O Conselho de Assuntos da China Continental, organismo taiuanês encarregado da política para a China, expressou hoje também seu compromisso com a iniciativa americana do Indo-Pacífico Livre e prometeu "continuar trabalhando para manter a paz e a estabilidade através do estreito", em comunicado.

O organismo pediu a Washington que "apoie e promova a comunicação e o diálogo através do estreito" para enfrentar a atual situação de tensões entre Taipé e Pequim.

O território enviou a Washington o vice-presidente do Conselho da China Continental, Chiu Cheng-zheng, para explicar a políticos e analistas americanos os efeitos das eleições locais de 24 de novembro e o seu impacto na política de Taiwan para a China, afirmou hoje o Conselho.

Chiu, segundo o comunicado, fez um apelo ao Partido Comunista Chinês para que respeite Taiwan e seu "sistema democrático", porque "este é o maior consenso de todos os taiuaneses", e pediu a ele para não interpretar a vitória opositora no pleito como uma aceitação popular das posturas da China em relação à ilha.