Justiça de Honduras condena 7 de 8 acusados por assassinato de ambientalista

A Justiça de Honduras declarou nesta quinta-feira culpados dos crimes de assassinato e tentativa de assassinato sete dos oito acusados pela morte da ambientalista hondurenha Berta Cáceres no dia 2 de março de 2016.
Os sete condenados são Mariano Díaz e Douglas Bustillo, ex-oficiais do exército de Honduras; Sergio Ramón Rodríguez, Henry Hernández, Elvin Rápalo, Óscar Torres e Edilson Duarte, e a pena que deverão pagar na prisão será anunciada em 10 de janeiro de 2019.
O outro acusado, Emerson Duarte, em cuja casa na cidade caribenha de La Ceiba foi achada a pistola com a qual Cáceres foi assassinada, foi absolvido de toda responsabilidade penal.
Três dos sete acusados, Mariano Díaz, Douglas Bustillo e Sergio Ramón Rodríguez, este último executivo da empresa Desarrollos Energéticos (DESA), foram condenados pelo crime de assassinato.
A empresa DESA era a responsável por um projeto hidrelétrico no oeste do país ao qual Berta Cáceres se opunha.
Os outros quatro acusados, Elvin Rápalo, Henry Fernández, Eilson Duarte e Oscar Torres, foram condenados pelos crimes de assassinato e assassinato no seu grau de execução de tentativa em prejuízo de uma testemunha protegida estrangeira.
No dia do crime, Cáceres tinha como hóspede o ambientalista mexicano Gustavo Castro, que ficou ferido de bala em uma orelha.
A decisão foi lida na presença dos oito acusados e na audiência também estavam presentes familiares de Cáceres, advogados da família e membros do Conselho Cívico de Organizações Populares, do qual a ambientalista assassinada era a coordenadora-geral.
"Não posso dizer que sinto satisfação, mas pelo menos se fez justiça", disse a mãe da ambientalista, Austra Bertha Flores, ao final da audiência na sala do tribunal de Tegucigalpa na qual foi lida a sentença.
Muito comovida, a mãe de Berta Cáceres ressaltou que "estes bandidos vão à prisão para apodrecer lá, mas não volto a ter minha filha, não volto a beijá-la".
A família de Berta Cáceres reiterou que a DESA, empresários ligados ao setor elétrico, funcionários do governo e militares, entre outros, são parte dos autores "intelectuais" do assassinato da ambientalista, ocorrido na cidade de La Esperanza.
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