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Trump, Moon e Abe decidem manter postura firme em relação à Coreia do Norte

30/11/2018 20h40

Buenos Aires, 30 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfatizou nesta sexta-feira o interesse em fazer uma segunda reunião com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, mas decidiu junto aos governantes de Coreia do Sul e Japão que será mantida a postura firme na aplicação das sanções enquanto o regime norte-coreano não evoluir na desnuclearização.

Trump se reuniu separadamente com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, durante a cúpula de líderes do G20 realizada em Buenos Aires.

"O presidente Trump falou (com Moon) sobre a sua intenção de ter uma segunda cúpula entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte", após a realizada em Singapura em junho, disse em comunicado a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

Trump comentou em setembro que queria programar uma segunda cúpula com Kim, mas a estagnação das negociações postergou o processo de planejamento dessa reunião, que a Casa Branca espera agora realizar no início de 2019.

Na reunião com Moon, ambos "se mostraram de acordo na importância de manter uma implementação vigorosa das sanções existentes, para garantir que a Coreia do Norte entende que a desnuclearização é o único caminho para a prosperidade econômica e a paz duradoura na península coreana", afirmou Sanders.

Com Abe, Trump conversou sobre "como trabalhar com a comunidade internacional, inclusive a Coreia do Sul, para manter a pressão até que a Coreia do Norte implemente o seu compromisso de desnuclearização".

Desde que Trump e Kim decidiram em Singapura "trabalhar para a completa desnuclearização da península", os avanços foram apenas simbólicos, diante da ausência de um roteiro para o desarmamento.

Os EUA exigiram que a Coreia do Norte dê passos concretos para a desnuclearização, enquanto o regime norte-coreano pede que antes seja firmado um tratado de paz que ajude a garantir a sua sobrevivência.

Em meados deste mês, a Coreia do Norte informou veladamente sobre seu primeiro teste de armas em quase um ano, um gesto enigmático que em acrescentou pressão para reacender o estancado diálogo com os EUA.