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Macron visita Arco do Triunfo para comprovar danos após distúrbios em Paris

Da Agência EFE, em Paris

02/12/2018 10h07

O presidente da França, Emmanuel Macron, visitou neste domingo (2) o Arco do Triunfo, em Paris, para verificar os danos que o monumento sofreu, um dos símbolos da República, que ontem foi alvo de vandalismo durante os protestos dos chamados "coletes amarelos". Os protestos resultaram em 412 prisões em todo o país. Houve 133 feridos.

O chefe de Estado, acompanhado do ministro do Interior, Christophe Castaner, prestou homenagem ao túmulo do soldado desconhecido, que representa todos os franceses mortos na Primeira Guerra Mundial. O memmoriale foi sujado ontem pelos arruaceiros que deixaram sobre ele vários objetos, como latas de cerveja.

Macron voltou imediatamente à França após participar da Cúpula do G20 em Buenos Aires pela degeneração da manifestação contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, que transformou a capital em um campo de batalha. Ele se reunirá hoje com os integrantes do governo para avaliar a situação.

O presidente e o ministro entraram no monumento para verificar os danos, entre os quais se destacam uma estátua destruída de Marianne - a figura alegórica da República Francesa - e graves prejuízos na loja do museu, além das pichações na fachada do Arco que esta manhã começaram a ser removidas.

Além disso, Castaner e o secretário de Estado do Ministério do Interior, Laurent Nuñez, deverão comparecer no Senado, que é controlado pela direita, na próxima terça-feira, em uma audiência para dar explicações sobre os distúrbios.

O Ministério do Interior francês atualizou hoje os números de detidos durante toda a jornada de manifestações dos chamados "coletes amarelos", que resultou em 412 detenções em nível nacional e 133 feridos, dos quais 23 eram membros das forças da ordem.

O movimento dos "coletes amarelos" nasceu como um protesto contra o aumento nas taxas sobre os combustíveis e se mantém pacífico em grande parte do país. No entanto, durante dois sábados consecutivos as manifestações resultaram em episódios de violência e transformaram a capital francesa em cenário de distúrbios.

O governo francês não descarta decretar o estado de emergência depois dos graves eventos de ontem em Paris, segundo comentou hoje o seu porta-voz, Benjamin Griveaux, que garantiu que "todas as medidas devem ser estudadas".