Topo

Favorito de Trump para ser chefe de gabinete deixa a Casa Branca

09/12/2018 20h33

Washington, 9 dez (EFE).- Nick Ayers, o candidato favorito do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para substituir John Kelly como chefe de gabinete da Casa Branca, anunciou neste domingo que deixará o governo no final do ano, depois de rejeitar a oferta do governante para ocupar o cargo.

Ayers, que atualmente é chefe de gabinete do vice-presidente Mike Pence, revelou sua decisão na sua conta pessoal do Twitter, pouco depois que vários meios de comunicação anteciparam que não seria o substituto de Kelly.

"Obrigado ao presidente Trump, ao vice-presidente Pence e a meus maravilhosos colegas pela honra de servir à nossa nação na Casa Branca. Sairei no final ano, mas trabalharei com a equipe para impulsionar a causa", indicou Ayers.

Os jornais "The Wall Street Journal" e "The New York Times" tinham informado pouco antes que Ayers, de 36 anos, não ocuparia o posto de chefe de gabinete, e que planejava ajudar à campanha de reeleição de Trump de um cargo externo.

Trump quer que seu próximo chefe de gabinete se comprometa a permanecer no cargo até depois das eleições de 2020, nas quais o presidente buscará a reeleição, e Ayers, que tem três trigêmeos pequenos, só estava disposto a ocupar o posto durante três meses, para depois voltar ao seu estado da Geórgia.

O presidente americano se mostrou inicialmente aberto a dar um posto temporário a Ayers enquanto buscava um assessor permanente, mas finalmente decidiu que não valia a pena, segundo os jornais citados.

Trump não tem certeza ainda sobre quem será o substituto de Kelly, mas neste final de semana assegurou a vários de seus confidentes que está pensando em nomear o congressista republicano Mark Meadows, de acordo com o portal de notícias "Axios".

Meadows, de 59 anos, é o presidente do Freedom Caucus, um grupo de congressistas ultraconservadores na Câmara de Representantes dos Estados Unidos.

Por sua parte, o jornal "The New York Times" afirmou neste sábado que Trump também tinha cogitado entregar o posto ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin; ao diretor de orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, ou ao representante de Comércio Exterior, Robert Lighthizer.

Trump anunciou neste sábado que Kelly deixará seu cargo no final do ano depois de meses de tensões entre ele e o general retirado, que tentou impor disciplina na Ala Oeste, mas não pôde conter as polêmicas declarações e tweets do presidente.