Casa Branca diz que EUA iniciaram retirada de tropas da Síria
Washington, 19 dez (EFE).- A Casa Branca informou nesta quarta-feira que os Estados Unidos começaram a retirada de suas tropas da Síria, depois que o presidente americano, Donald Trump, proclamou a derrota do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no país árabe.
"Começamos a trazer para casa as tropas dos EUA conforme passamos à fase seguinte desta campanha", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, em comunicado.
Sanders lembrou que "há cinco anos, o EI era uma força muito poderosa e perigosa no Oriente Médio, e agora os EUA derrotaram o califado territorial".
No entanto, ressaltou que "estas vitórias contra o EI na Síria não significam o final da Coalizão Global (contra o jihadismo) e de sua campanha".
A porta-voz também afirmou que o governo americano continuará trabalhando com aliados para "negar aos terroristas islâmicos território, financiamento e apoio", além de evitar "qualquer infiltração" dentro das fronteiras americanas.
Sanders acrescentou que os EUA e seus parceiros "estão prontos para voltar a se unir em todos os níveis para defender os interesses de americanos onde for necessário".
Anteriormente, Trump havia afirmado no Twitter que sua "única razão" para permanecer na Síria era a derrota do EI, um objetivo que seu governo considera cumprido depois de ter tirado dos extremistas o controle de quase todo o território que ocuparam em 2014.
"Derrotamos ao EI na Síria, a única razão para estar lá durante a presidência de Trump", escreveu o líder na rede social.
Veículos de imprensa locais tinham antecipado hoje, citando funcionários do Pentágono, que Trump tinha decidido retirar imediatamente da Síria os 2 mil soldados que lutam em uma coalizão internacional contra o jihadismo.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanayahu, afirmou que respeita a decisão americana de se retirar da Síria e advertiu que seu país "se protegerá" diante da nova situação.
Trump repetiu em diversas ocasiões que sua prioridade na Síria é erradicar o EI e abandonou a ideia de forçar uma transição que force a saída do presidente sírio, Bashar al Assad.
Segundo o Pentágono, o EI só controla 1% do território que chegou a dominar em 2014, quando proclamou um califado na Síria e no Iraque.
Apesar de retirar suas tropas da Síria, os EUA manteriam seus soldados no Iraque, o que permitiria lançar ataques em solo sírio. EFE
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