EUA planejam retirar imediatamente suas tropas da Síria, diz imprensa
Washington, 19 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja retirar imediatamente da Síria os 2 mil soldados americanos que lutam no país contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), informaram nesta quarta-feira veículos de imprensa locais, que citam um funcionário do Pentágono.
De acordo com a emissora de televisão "CNN", o próprio Trump tomou a decisão de efetuar uma retirada "completa" e "rápida" das tropas americanas que lideram a coalizão internacional contra o terrorismo jihadista desde 2014.
Em declarações à Agência Efe, um dos porta-vozes do Departamento de Defesa, o coronel Rob Manning, evitou confirmar se os EUA planejam se retirar da Síria a curto prazo e se limitou a dizer que "neste momento, continuamos trabalhando ao lado de nossos aliados na região, com eles e através deles."
No entanto, logo depois que os veículos de imprensa americanos informaram sobre a retirada de tropas, Trump afirmou no Twitter que sua "única razão" para permanecer na Síria era a derrota do EI.
"Derrotamos ao EI na Síria, a única razão para estar lá durante a Presidência de Trump", ressaltou o líder.
Durante a campanha para as eleições de 2016, Trump defendeu diminuir a presença militar dos EUA no Oriente Médio; mas quando chegou à Casa Branca, membros do alto escalão do Pentágono o convenceram a manter tropas americanas na Síria para acabar com o EI.
Trump repetiu em diversas ocasiões que sua prioridade na Síria é erradicar o grupo extremista e abandonou a ideia de forçar uma transição que force a saída do presidente sírio, Bashar al Assad.
Segundo o Pentágono, o EI só controla 1% do território que chegou a dominar em 2014, quando proclamou um califado na Síria e no Iraque.
Apesar de retirar suas tropas da Síria, os EUA manteriam seus soldados no Iraque, o que permitiria lançar ataques em solo sírio. EFE
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