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EUA sancionam 15 agentes russos por tentar influenciar eleições de 2016

19/12/2018 17h50

Washington, 19 dez (EFE).- O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou nesta quarta-feira 15 agentes da inteligência militar da Rússia por participação em uma ampla rede de atividades malignas que tinha como objetivo influenciar as eleições americanas de 2016, assim como pelo envenenamento do ex-espião Sergei Skripal.

"O Departamento do Tesouro está sancionando agentes russos envolvidos em operações cibernéticas para interferir nas eleições de 2016 e em uma ampla gama de atividades malignas", disse em comunicado o titular da pasta, Steven Mnuchin.

Como resultado das sanções, os ativos e bens que os 15 russos possam ter sob a jurisdição americana ficam congelados. Além disso, os cidadãos dos EUA estão proibidos de fazer negócios com eles.

Do total, nove agentes foram incluídos na lista pela "participação direita" nos esforços para interferir no pleito presidencial de 2016. Segundo o governo dos EUA, eles atacaram o sistema eleitoral americano e publicaram documentos roubados em operações cibernéticas.

Em relatório revelado em dezembro de 2017, as agências de inteligência dos EUA concluem que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que seus agentes interferissem nas eleições americanas porque sentia uma "clara" preferência por Donald Trump.

Durante a campanha, o portal WikiLeaks vazou e-mails prejudiciais para Hillary Clinton, adversária do atual presidente nas eleições. As mensagens revelavam que a direção do Partido Democrata tramou para que ela vencesse o senador Bernie Sanders nas primárias.

Além disso, as sanções anunciadas hoje afetam Ruslan Boshirov e Alexander Petrov, os dois agentes russos acusados de tentar assassinar o ex-espião Sergei Skripal e sua filha com um agente químico que seria fabricado por Moscou.

Depois do envenenamento, ocorrido em março, Skripal e a filha foram hospitalizados e conseguiram sobreviver depois de passarem meses internados sob tratamento médico.

As novas sanções também atingem russos envolvidos em um cibertaque contra a Agência Mundial Antidoping (Wada) e um agente acusado de trabalhar para o magnata Oleg Deripaska. EFE