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Enviado dos EUA visita fronteira entre as duas Coreias

20/12/2018 09h19

Seul, 20 dez (EFE).- O enviado especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, visitou nesta quinta-feira a Zona Desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias para comprovar os últimos avanços na área devido à aproximação com Pyongyang.

O enviado americano, de visita na Coreia do Sul até o próximo sábado, tinha solicitado pessoalmente uma viagem à fronteira militarizada para ver em primeira mão as últimas mudanças provocadas pelo degelo com o regime norte-coreano, segundo disse uma fonte anônima à agência sul-coreana "Yonhap".

Entre outras coisas, a aproximação intercoreana motivou a retirada de minas e o desarmamento de determinadas áreas em torno da divisória e também que as duas Coreias, tecnicamente ainda em guerra, tenham desmantelado 10 postos fronteiriços cada uma dos cerca de 200 que têm instalados.

Apesar da visita de Biegun à região, não se espera que se reúna na DMZ, palco de incontáveis encontros diplomatas de alto nível, com sua contraparte norte-coreana, a vice-ministra de Relações Exteriores, Choe son-hui, segundo contaram fontes diplomáticas também à "Yonhap".

Por outro lado, Biegun deve reunir-se hoje com o responsável de negociações nucleares sul-coreano, Lee Do-hoon, para tratar o atual diálogo sobre desnuclearização entre Washington e Pyongyang e realizar amanhã outro encontro adicional com Lee e outro grupo de funcionários.

Este processo de diálogo se encontra atualmente estancado devido à falta de um roteiro estipulado inicialmente por ambos países na cúpula de Singapura do último mês de junho.

Os Estados Unidos exigem da Coreia do Norte passos para a desnuclearização, enquanto o regime pede que antes sejam suspensas as sanções e seja assinado um tratado de paz que lhe ofereça garantias de sobrevivência.

Nesse sentido, Biegun parece ter feito um aceno ao regime em comunicado lido na véspera ao aterrissar em Seul no qual disse que Washington está revisando a atual proibição que pesa sobre civis e grupos religiosos americanos para fornecer ajuda humanitária à Coreia do Norte. EFE