Erdogan promete apoiar Irã contra sanções "ilegais" dos EUA
Ancara, 20 dez (EFE).- O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, qualificou nesta quinta-feira de "ilegais" as sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irã e prometeu apoiar o país vizinho neste conflito.
"Repito que não aprovamos as sanções contra o Irã. Seguiremos apoiando o Irã, como bom vizinho, contra as sanções que consideramos ilegais", disse Erdogan em um comparecimento diante da imprensa junto ao seu colega iraniano, Hassan Rohani.
Erdogan lembrou que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) "confirmou várias vezes que o Irã cumpriu com suas obrigações, apesar de os Estados Unidos terem se retirado do acordo".
"Não nos parece correto este passo", disse Erdogan no comparecimento transmitido ao vivo pela emissora "NTV".
"As sanções dos EUA são terroristas. Os EUA tentam assustar outros países para que se somem às sanções. Agradeço à Turquia e Erdogan por sua postura clara contra esta ação unilateral, ilegal e cruel", disse, por sua vez, Rohani.
Com relação à Síria, ambos os líderes sublinharam a "boa colaboração" no processo de Astana, iniciado no ano passado junto à Rússia, para estabilizar o país em conflito.
"Hoje decidimos continuar com esta cooperação. O próximo encontro será realizado na Rússia. Pensamos exatamente igual no que diz respeito à importância de preservar as integridade territoriais da Síria", disse Rohani.
Nenhum dos dois líderes mencionou os planos da Turquia, anunciados na semana passada pelo próprio Erdogan, de lançar uma ampla operação militar contra as milícias curdas no nordeste da Síria.
Esta opção parece mais verossímil desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ontem a retirada das tropas norte-americanas da Síria, mas as autoridades de Ancara ainda não se pronunciaram a respeito.
Hoje mesmo, o ministro de Defesa turco, Hulusi Akar, disse que seu Exército "enterrará" os membros da milícia curdo-síria das YPG, aliada de Washington, que permanecem em zonas fronteiriças com a Turquia.
O ministro turco reiterou que o Exército avança na preparação dessa ofensiva contra as milícias curdo-sírias, que Ancara considera terroristas pelo vínculo com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda na Turquia. EFE
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