Israel começa destruição de túneis na fronteira com o Líbano
Jerusalém, 20 dez (EFE).- O Exército israelense começará a destruir nesta quinta-feira os túneis descobertos entre o seu território e o Líbano e advertiu ao grupo Hezbollah que "não vai tolerar qualquer aproximação nem intervenção" durante a operação.
O porta-voz do órgão, tenente-coronel Jonathan Conricus, não informou quais dos quatro túneis serão "neutralizados", mas explicou que o Exército "tem capacidade para destruir mais de um ao mesmo tempo".
De acordo ele, durante o dia foram realizados os preparativos e unidades foram enviadas para a fronteira para que sejam evitados possíveis conflitos. O governo libanês foi notificado, e Israel responsabiliza o país pela escavação dos túneis.
"O Exército advertirá qualquer um que se aproxime das entradas dos túneis ou esteja perto deles no lado libanês", declarou o porta-voz militar, afirmando que a ação será feita apenas do lado israelense, na Linha Azul.
Desde o dia 4 de dezembro, Israel realiza a operação Escudo do Norte, com a qual detectou quatro túneis subterrâneos que o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, qualificou como "ato de guerra".
"Esta fase (de destruição) vai utilizar vários métodos e veículos de vão garantir que os túneis de ataque não possam ser utilizados pela organização terrorista Hezbollah", acrescentou um comunicado militar.
A Força de Paz da ONU no Líbano (Finul), encarregada de supervisionar a situação na Linha Azul após a guerra entre Israel e Hezbollah, em 2006, afirmou que dois dos quatro túneis encontrados cruzam a demarcação, o que constitui uma violação da resolução 1701. A resolução do Conselho de Segurança da ONU proíbe a presença de qualquer grupo armado ao sul do Rio Litani, exceto as Forças Armadas Libanesas.
Netanyahu disse nesta quinta-feira que os túneis foram construídos pelo Hezbollah, com apoio direto do Irã.
Ontem, o porta-voz da Finul, Andrea Tenenti, afirmou que, apesar dos eventos na fronteira, "as duas partes, libanesa e israelense, estão interessadas na estabilidade". EFE
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