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Supostos autores de atentado no Marrocos juraram lealdade ao Estado Islâmico

20/12/2018 15h05

Rabat, 20 dez (EFE).- Os supostos autores do atentado terrorista da segunda-feira passada, no qual foram assassinadas duas turistas escandinavas em uma região montanhosa do Marrocos, gravaram um vídeo no qual aparecem jurando lealdade ao grupo jihadista Estado Islâmico.

O vídeo, revelado por um pesquisador sobre jihadismo chamado Romain Caillet e imediatamente divulgado por todos os meios de comunicação marroquinos, foi gravado aparentemente antes do atentado.

Sentados em um quarto fechado e com uma bandeira preta por trás, como as usadas pelo Estado Islâmico (com o lema "Não há outro Deus que Alá"), os quatro aparecem diante de uma câmera enquanto seu suposto emir faz um discurso no qual se misturam referências à guerra na Síria com insultos ao rei Mohammad VI.

Os jihadistas ameaçam o próprio monarca, a quem chamam de "tirano", além de "seus serviços de inteligência e seus soldados", antes de pronunciar o clássico juramento de lealdade a Abu Bakr al Baghdadi, líder do Estado Islâmico.

"Você (Baghdadi) tem no Marrocos soldados que ninguém conhece além de Alá, e que vão adiante para apoiar a religião de Deus", afirma o emir, único que toma a palavra em um perfeito árabe, que demonstra um certo nível de instrução ou religiosidade.

Dois dos jihadistas que aparecem no vídeo são claramente reconhecíveis e sua imagem coincide com as fotografias divulgadas hoje pela polícia de três deles após sua detenção em um ônibus em Marrakech que partia para Agadir, no sudoeste.

O governo marroquino reconheceu hoje que encontrava-se diante de um "atentado terrorista" e que os autores pertenciam a "um grupo extremista", que não quis identificar. EFE