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Radicais independentistas bloqueiam várias estradas na Catalunha

21/12/2018 09h36

Barcelona (Espanha), 21 dez (EFE).- Radicais independentistas catalães mantêm bloqueadas uma dezena de estradas em toda a Catalunha para protestar contra a reunião do governo da Espanha que acontece nesta sexta-feira em Barcelona.

Entre as vias afetadas estão a rodovia AP-7, uma das mais importantes da região, além de outras estradas nas quatro províncias catalãs e o anel rodoviário de Barcelona, o que provoca grandes problemas de trânsito.

Os protestos foram convocados pelos chamados Comitês de Defesa da República (CDR), que queimaram pneus no meio das vias e colocaram troncos de árvores cortadas.

Os incidentes começaram às 5h GMT (3h em Brasília) e já se estenderam para a cidade de Barcelona, onde os radicais independentistas interditaram algumas das principais avenidas da capital catalã.

O aeroporto e o porto da cidade funcionam com normalidade e seus acessos estão liberados, assim como o mercado central da capital catalã, Mercabarna.

Por causa dos protestos, o lugar onde está prevista a reunião do governo espanhol está cercado por agentes da polícia autônoma da Catalunha, que contam com apoio da polícia espanhola.

Três grupos de ativistas dos CDR estão tentando chegar às cercanias do edifício onde vai acontecer a reunião do governo.

O gabinete do socialista Pedro Sánchez aprovará hoje em Barcelona uma série de medidas de forte conteúdo social, como o aumento do salário mínimo de 22%, e o aumento do salário dos funcionários públicos para 2019 em 2,25%.

Esta é a segunda vez que Sánchez, no poder desde junho deste ano, reúne seu governo fora de Madri, depois da reunião de outubro deste ano em Sevilha (sul), e está prevista outra reunião no mês de março em Alicante (leste).

O Conselho de Ministros acontece depois que ontem se reuniram o presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, e o presidente regional da Catalunha, o independentista Quim Torra, e de forma paralela também mantiveram um encontro quatro integrantes de seus respectivos governos.

Após a reunião, os dois governos concordaram em potencializar um "diálogo efetivo" sobre o futuro da Catalunha, dentro da lei. EFE