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Carlos Ghosn vai continuar preso até pelo menos dia 1º de janeiro

Vanderlei Almeida/AFP
Imagem: Vanderlei Almeida/AFP

23/12/2018 06h30

O ex-presidente da Nissan Motors, o brasileiro Carlos Ghosn, detido no Japão, vai continuar na prisão pelo menos até o dia 1 de janeiro depois que um tribunal do país aprovou neste domingo a solicitação da Promotoria de Tóquio de prolongar sua detenção por mais 10 dias.

O empresário, de 64 anos, permanece em prisão preventiva desde 19 de novembro por supostamente ocultar das autoridades rendas milionárias estipuladas com a companhia desde 2011 e uma suposta violação de confiança agravada por tentar fazer que a Nissan assumisse uma série de perdas de investimentos pessoais.

A extensão da detenção está vinculada com essa última acusação.

Sobre Ghosn pesam até o momento três ordens de detenção, só uma delas com acusação formal, por suposta ocultação de renda entre 2011 e 2015.

Está pendente que a Promotoria adote decisões sobre a segunda ordem de detenção, relacionada com a renda entre 2015 e 2018, assim como uma terceira ordem anunciada dois dias atrás.

O pedido repentino da Promotoria aconteceu diante da iminente libertação de Ghosn, depois que um tribunal da capital japonesa rejeitou na quinta-feira estender a detenção vinculada à segunda ordem de prisão e que permitiria a seu advogado pedir a liberdade sob fiança.