Igreja Ortodoxa Ucraniana recorrerá de lei sobre mudança de nome na Justiça
Kiev, 25 dez (EFE).- O chefe do departamento jurídico da Igreja Ortodoxa Ucraniana, Alexander Bakhov, anunciou nesta terça-feira que vai recorrer no Tribunal Constitucional da Ucrânia da lei que obriga a instituição a mudar o seu nome para refletir a vinculação com a Igreja Ortodoxa Russa
"Pretendemos defender os nossos direitos por todas as formas legais. Encaminhamos uma solicitação ao presidente da Ucrânia (Petro Poroshenko), pedindo que ele use o seu direito a veto, mas, como podemos ver, ele não usou ... Já que é uma violação das normas e princípios constitucionais, estamos iniciando uma apelação no Tribunal Constitucional", disse ele, em comunicado.
A nova lei, assinada por Poroshenko na semana passada, determina que as organizações religiosas dirigidas por "um Estado que, conforme estabelece a legislação, realiza uma agressão militar contra a Ucrânia", são obrigadas a refletir esta circunstância no seu nome oficial.
"É mais fácil fazer uma escolha quando todas as coisas são chamadas pelos seus nomes", disse Poroshenko, que enfatizou que a nova lei não restringe a liberdade de culto.
A Ucrânia realizou no último dia 15 um concílio de unificação no qual formalizou a sua independência do Patriarcado de Moscou e nomeou o seu novo líder, Epiphanius Dumenko, de 39 anos, que receberá em janeiro das mãos de Bartolomeu I os decretos da autocefalia da Igreja da Ucrânia.
A Igreja Ortodoxa Ucraniana, que tenta se desvincular de Moscou, denunciou nas últimas semanas que alguns de seus religiosos estão sendo perseguidos pelas forças de segurança, o que foi condenado pela Rússia. Os partidários do alinhamento com a Igreja Ortodoxa Russa disseram que a nova Igreja Ucraniana será como a Torre de Babel e advertiram que a instituição terá o mesmo destino. EFE
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