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Governo da Itália decide declarar estado de emergência na região da Sicília

27/12/2018 16h01

Roma, 27 dez (EFE).- O governo da Itália convocará uma reunião do Conselho de Ministros amanhã para declarar estado de emergência nas regiões da Sicília atingidas pelos recentes terremotos registrados no país após a erupção do vulcão Etna.

"Amanhã realizaremos um Conselho de Ministros e será declarado o estado de emergência", disse o vice-presidente do governo da Itália, Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas (MS5).

Segundo ele, que também é ministro de Desenvolvimento Econômico e de Trabalho afirmou que, por enquanto, os técnicos do governo estão examinando os edifícios danificados pelos tremores e que o objetivo é restabelecer as condições normais de vida o mais breve possível.

Um terremoto de magnitude 4,8 na escala Richter sacudiu nesta quarta-feira, às 3h18 locais (0h18 em Brasília), a província de Catânia, na Sicília, no sul da Itália, deixando dez pessoas levemente feridas e provocando alguns danos e desmoronamentos.

A atividade sísmica, que continuou nas últimas horas, está ligada à erupção do Etna que começou no dia 24 de dezembro.

Hoje, os dois vice-presidentes do governo, Di Maio e Matteo Salvini, líder da Liga Norte, visitaram Catânia e concederam entrevista coletiva.

Salvini, que também é ministro do Interior, afirmou que a intenção do governo federal é dotar as autoridades locais de todos os instrumentos necessários para restabelecer a normalidade.

"Eu gostaria que, nesta situação, houvesse plena responsabilidade dos prefeitos, com plenos poderes. Há muitas fases, processos e dúvidas. Por isso é necessário que os prefeitos tenham plenos poderes", defendeu o líder da Liga Norte.

Segundo Salvini, a situação do Etna está sob controle. Além disso, o ministro anunciou que o Ministério da Educação vai liberar um fundo de 20 milhões de euros para permitir a reabertura imediata das escolas que foram afetadas pelos tremores.

O ministro também garantiu que os mais de 400 desabrigados terão um espaço para viver temporariamente até que suas casas sejam reconstruídas ou que as autoridades tenham provado que os imóveis onde eles viviam não estão com as estruturas comprometidas. EFE