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Xi pede acordo rápido com os EUA em conversa telefônica com Trump

Os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, em foto de arquivo - Alex Brandon/AP Photo
Os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, em foto de arquivo Imagem: Alex Brandon/AP Photo

Em Pequim

30/12/2018 06h39

O presidente da China, Xi Jinping, manifestou seu desejo de que os Estados Unidos e seu país "cheguem a um acordo benéfico para as duas nações e para o mundo o mais rápido possível" durante uma conversa telefônica com o presidente americano, Donald Trump, informou neste domingo a agência estatal de notícias "Xinhua".

Xi e Trump foram unânimes em implementar os acordos alcançados no último dia 1º em Buenos Aires - durante reunião na cúpula do G-20 - que preveem uma trégua de 90 dias para negociar, no meio da guerra comercial mantida pelas duas maiores economias do mundo.

Durante a ligação telefônica, realizada ontem, Xi disse esperar que os dois trabalhem para um progresso estável nas relações entre China e EUA, que na próxima terça-feira completará 40 anos desde o seu estabelecimento oficial.

Além disso, afirmou que "os laços bilaterais estão agora em uma fase importante", segundo "Xinhua".

Xi também expressou seu desejo de fortalecer "intercâmbios e cooperação no campo econômico e comercial, policial, de operações antidrogas, questões locais e culturais", apontou a agência estatal.

Os dois presidentes também conversaram sobre assuntos internacionais, como a situação na península coreana.

Sobre esta questão, Xi disse apoiar novas conversas entre EUA e Coreia do Norte, e espera que elas sejam concluídas "com resultados positivos".

Segundo a fonte, Trump e Xi aproveitaram a ocasião para desejar feliz ano novo um ao outro.

Por sua vez, Trump usou seu Twitter para falar sobre a conversa telefônica com o presidente chinês: "Acabo de ter uma longa e muito boa conversa com o presidente Xi. A negociação está avançando muito bem, muito completa, cobrindo todos as questões, áreas e pontos em disputa. Grandes progressos estão sendo feitos!".

Desde a trégua entre Pequim e Washington, a China adotou várias medidas de boa vontade como a redução de tarifas aos veículos importados dos EUA, a retomada da compra de soja desse país ou a apresentação de um projeto de lei para proibir a transferência forçada de tecnologia.

Já Donald Trump suspendeu temporariamente o aumento de 10% a 25% das tarifas a produtos chineses no valor de US$ 200 bilhões, mas alertou que seguiria adiante com seu plano, se o acordo comercial não for fechado antes que expire o citado prazo de 90 dias. EFE