Bolsonaro juramenta os 22 ministros de seu gabinete
Brasília, 1 jan (EFE).- Após tomar posse nesta terça-feira como presidente, Jair Bolsonaro juramentou em um ato conjunto os 22 membros de seu gabinete, entre os quais se destacam cinco membros das Forças Armadas e apenas duas mulheres.
Pouco depois de jurar seu cargo diante do Congresso e de receber a faixa presidencial de Michel Temer, o capitão da reserva do exército juntou todos os membros de seu gabinete no Salão Nobre do Palácio de Planalto para nomeá-los aos seus cargos.
A cerimônia foi realizada em frente a um painel com a cor verde da bandeira brasileira e decorado com o escudo da República.
Bolsonaro inicialmente chamou para assinar o decreto de nomeação seu ministro da Justiça, o ex-juiz federal Sergio Moro, que, por tradição, é considerado o colaborador mais importante do presidente.
Em seguida, os demais ministros assinaram os termos de posse e cumprimentaram o novo presidente, com quem posaram em seguida para uma foto oficial do gabinete.
Bolsonaro tinha anunciado sua intenção de reduzir o número de ministérios dos 29 que compunham o gabinete de Temer para 15, mas finalmente terminou anunciando 22 ministros.
A decisão inscreve-se na sua concepção de "Estado mínimo" e indica um caminho de forte redução de despesas, com a qual aspira conter o crônico déficit fiscal brasileiro.
No seu gabinete se destacam cinco altos oficiais das Forças Armadas, como ele e o vice-presidente, o general da reserva Hamilton Mourão.
O número de militares no Ministério, incluindo um ainda na ativa, é igual ao que tinha o general Humberto de Alencar Castelo Branco, o primeiro presidente do regime militar e que participou do golpe de Estado de 1964.
Outros quatro ministros estudaram ou trabalharam no exército.
Por outro lado, as únicas duas ministras são representantes dos setores mais conservadores do país.
Tereza Cristina da Costa Dias, que assumirá como ministra da Agricultura, é proprietária rural, era coordenadora da bancada ruralista no Congresso e defende o modelo de produção em grande escala no campo.
Damares Alves, que assumirá a pasta de Mulher, Família e Direitos Humanos, era assessora da frente parlamentar evangelista, é pastora e não oculta suas posições contrárias ao aborto e à ideologia de gênero.
Além de Moro, que terá poderes especiais para combater a corrupção e a criminalidade, o outro superministro do gabinete é Paulo Guedes, um economista da Escola de Chicago a quem o presidente deu "carta branca" para comandar o Ministério da Economia.
Como ministro de Relações Exteriores tomou posse o diplomata Ernesto Araújo, funcionário de carreira do Itamaraty que até agora não tinha atuado como embaixador em nenhum país e que gerou polêmicas por suas posições contrárias a tratados multilaterais aprovados pelo Brasil, como os referentes à mudança climática e às migrações. EFE
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