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Bolsonaro promete libertar o Brasil de "amarras ideológicas"

01/01/2019 18h59

(Atualiza com cumprimento da programação e corrige penúltimo parágrafo)

Brasília, 1 jan (EFE).- O novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, prometeu nesta terça-feira, em seu primeiro discurso após tomar posse, que libertará o país das "amarras ideológicas" e que seu governo respeitará "as religiões e as tradições judeu-cristãs".

"Convoco cada um dos congressistas para me ajudarem na missão de restaurar e de reerguer nossa pátria, libertando-a, definitivamente, do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica", declarou Bolsonaro no plenário.

Segundo o presidente, o novo governo pretende "unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores".

"O Brasil voltará a ser um país livre de amarras ideológicas", frisou.

Após a sessão solene no Congresso, Bolsonaro, Mourão e as respectivas esposas subiram a rampa do Palácio do Planalto por volta das 16h20 e foram recebidos pelo presidente Michel Temer e a primeira-dama, Marcela Temer para o ato de passagem da faixa presidencial.

No parlatório, Bolsonaro fez um segundo discurso, desta vez para a multidão presente na Praça dos Três Poderes. Após o pronunciamento, o presidente recebeu no Salão Nobre do palácio presidencial os cumprimentos dos convidados e juramentou os 22 ministros, além de posar para a fotografia oficial. Às 18h30, no Palácio Itamaraty, Bolsonaro e a nova primeira-dama, Michelle, receberam os convidados em um coquetel.

Entre os convidados que assistem aos atos de posse estão 10 chefes de Estado e Governo: os presidentes de Bolívia (Evo Morales), Cabo Verde (Jorge Carlos Fonseca), Chile (Sebastián Piñera), Honduras (Juan Orlando Hernández), Marrocos (Saadedine Othmani), Paraguai (Mario Abdo Benítez), Portugal (Marcelo Rebelo de Souza) e Uruguai (Tabaré Vázquez), além dos primeiros-ministros de Israel (Benjamin Netanyahu) e Hungria (Viktor Orbán).

Os Estados Unidos enviaram a Brasília o secretário de Estado, Mike Pompeo. Pela China, está presente o vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular, Ji Bingxuan. A Argentina é representada pelo chanceler, Jorge Faurie, e a Espanha, pela presidente do Congresso, Ana Pastor. EFE