Oposição do Sudão eleva para 45 número de mortos em protestos contra governo
Cartum, 1 jan (EFE).- Pelo menos 45 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas desde o início dos protestos no Sudão no dia 19 de dezembro, que começaram contra a escassez e a crise econômica, mas rapidamente se transformaram em um movimento contra o governo, informou nesta terça-feira a oposição.
O principal partido opositor, Al Umma, islâmico moderado, informou hoje em comunicado que além dos 45 mortos e mais de mil feridos, mais de 2 mil pessoas foram detidas durante as manifestações nas últimas duas semanas.
O Al Umma, liderado por Sadeq al Mahdi, qualificou os fatos como uma "violação flagrante dos direitos humanos e das liberdades básicas" dos manifestantes, que foram dispersados com gás lacrimogêneo, cassetetes e, inclusive, disparos com munição real em algumas ocasiões.
Além disso, o partido expressou seu "apoio ilimitado a qualquer movimento popular", renovando assim seu suporte aos protestos, que explodiram na mesma semana em que Al Mahdi retornou do exílio ao Sudão.
Segundo números oferecidos no último dia 27 pelo governo, 19 pessoas morreram, entre elas alguns membros das forças de segurança, além de 219 cidadãos e 187 agentes feridos.
Por sua vez, a organização Human Rights Watch (HRW) disse ontem que mais de 40 manifestantes morreram desde o início dos protestos e que há um número indeterminado de feridos e mais de cem detidos.
Por isso, a HRW pediu ao governo sudanês que envie uma mensagem clara às forças de segurança para que respeitem os direitos dos manifestantes e não usem a violência contra eles.
Além disso, exigiu em comunicado que autoridades do país a investiguem "imediatamente" todos os casos de "tortura, detenções e assassinatos", para "fazer os responsáveis prestarem contas". EFE
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