Bolsonaro participa de cerimônia de transmissão de cargo de ministros

Brasília, 2 jan (EFE).- Jair Bolsonaro participou nesta quarta-feira, em seu primeiro ato de governo como novo presidente do Brasil, da cerimônia de transmissão de cargo de quatro ministros: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), o general da reserva Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), o também general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência.

Os escritórios destes quatro ministros ficam no próprio Palácio do Planalto, por isso os cargos são exercidos por pessoas do círculo mais próximo do presidente.

Em seu primeiro discurso como ministro, Lorenzoni disse que a marca do governo de Bolsonaro será o "diálogo" e, assim como fez o presidente no discurso de posse, defendeu "um pacto político" entre governistas e oposição "por amor ao Brasil".

"Não recebemos uma folha em branco quando vencemos as eleições. Reconhecemos as divergências políticas e ideológicas", afirmou.

Em seu discurso, Heleno afirmou que terá que reconstruir os órgãos de Inteligência do Governo porque o setor foi "derretido" pela ex-presidente Dilma Rousseff, "que não acreditava na Inteligência".

O novo ministro acrescentou que sua missão será levar a Bolsojnaro as informações que precisa para tomar decisões.

"Vamos construir um Brasil novo, com austeridade, transparência e honestidade, principalmente pelo exemplo do nosso presidente", afirmou.

Bebianno, por sua vez, disse que é uma honra participar de um momento histórico que começou em 2017, quando assinou a ficha de filiação de Bolsonaro como membro do PSL.

"Foram dois anos de intensos trabalhos, dois anos de suor e, literalmente, de sangue, derramado em 6 de setembro, no atentado não só contra um homem, mas contra a democracia", afirmou ao se referir à facada que Bolsonaro sofreu em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

Bebianno disse esperar que Bolsonaro implante no Brasil, "pela primeira vez a sério", o liberalismo econômico para favorecer todos os brasileiros.

O novo ministro da Secretaria de Governo, ao receber o cargo, disse que a nova administração terá que "transmitir sensação de honestidade" a uma população "traumatizada por escândalos de corrupção".

Uma das principais promessas do novo líder como candidato foi o combate à corrupção em meio aos vários escândalos que envolveram os governos do PT.

Cruz acrescentou que seu escritório estará aberto para todas as entidades que queiram dialogar com a presidência, mas "sempre dentro dos princípios da administração pública de honestidade, lealdade e transparência". EFE