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Democratas pedem que Trump destrave governo e debata o muro depois

02/01/2019 21h46

Washington, 2 jan (EFE).- Os líderes democratas do Congresso que se reuniram nesta quarta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca pediram ao governante que destrave a parte do governo que está paralisada há 12 dias e deixe o debate sobre a segurança fronteiriça do país para depois.

A provável próxima presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, garantiu na saída da reunião que a intenção dela e de seus colegas é "acabar com o fechamento administrativo parcial amanhã".

"Amanhã vamos votar um pacote legislativo para reabrir o governo baseado em leis que foram antes aprovadas pelo Senado republicano, e outra legislação separada para aprovar fundos para Segurança Nacional até 8 de fevereiro", disse Pelosi aos jornalistas.

Pelosi explicou que aprovar esta segunda iniciativa "daria 30 dias a mais" para que democratas, republicanos e Trump negociem os fundos para a segurança fronteiriça dos Estados Unidos, sem a necessidade de ter o governo parcialmente fechado.

Tanto a Casa Branca como o líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell, rejeitaram essa proposta e Trump convocou para sexta-feira outro encontro na Casa Branca com os líderes de ambos partidos.

"Como disse nas últimas semanas, o Senado estará encantado em votar uma medida que a Câmara aprove e que o presidente vá assinar. Mas não vamos votar a favor de outra coisa", destacou McConnell após a reunião.

Desde o último dia 22 de dezembro, o governo entrou no seu terceiro fechamento parcial depois que a negociação entre republicanos e democratas no Congresso chegou a um ponto morto por causa da exigência de Trump de que o projeto de orçamento inclua uma verba de mais de US$ 5 bilhões para o muro fronteiriço.

Concretamente, a paralisia afeta agências de dez departamentos do Executivo, incluindo Transporte e Justiça; assim como dezenas de parques nacionais, que costumam ser uma grande atração turística.

A paralisação também prejudica 800.000 dos 2,1 milhões dos funcionários federais, que não receberão seus salários enquanto o governo permanecer fechado. EFE