Jornalista é detido em Bangladesh por divulgar notícia "falsa" sobre eleições
Daca, 2 jan (EFE).- A polícia de Bangladesh deteve um jornalista e tenta localizar um segundo que supostamente publicaram informação "falsa" sobre as eleições de domingo no país, amparada por uma controversa lei antipropaganda, informou nesta quarta-feira à Agência Efe uma fonte oficial.
Hedayet Hossain Mollah, correspondente dos jornais "Daca Tribune" e "Bangla Tribune" em Khulna (sudoeste), foi detido ontem depois que o chefe da Administração local apresentou uma denúncia contra o profissional, disse o porta-voz da polícia local Mahbubur Rahman.
"Deu informações falsas sobre as eleições, reportou que foram depositados 22.419 votos a mais do que o total de eleitores (na circunscrição de Khulna-1). Esta séria desinformação nos deixa em uma situação vergonhosa", afirmou a fonte.
O chefe da Administração de Khulna também denunciou o correspondente local do jornal "Manabjamin", Rashidul Islã, que se encontra foragido.
Ambos foram denunciados sob a controversa Lei de Segurança Digital, que prevê penas de prisão para quem publicar "propaganda" contra o Estado ou pela "divulgação de rumores", e inclui castigos como prisão perpétua por revelar segredos de Estado e a publicação de informações "falsas ou distorcidas".
A norma, ratificada em setembro, despertou fortes críticas entre os trabalhadores dos veículos de imprensa, que consideram que põe em perigo a liberdade de imprensa e de expressão.
A lei entrou em vigor apenas três meses antes das eleições gerais realizadas no domingo, nas quais a primeira-ministra Sheikh Hasina, da Liga Awami, foi reeleita para um terceiro mandato consecutivo, já que seu partido e aliados conseguiram 288 das 300 cadeiras. EFE
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