Entrada de mulheres em templo hindu gera greve geral e uma morte na Índia
Nova Délhi, 3 jan (EFE).- Várias localidades do estado de Kerala, no sul da Índia, estão nesta quinta-feira em greve, em protesto pela entrada de duas mulheres "impuras", em idade de menstruar, no templo hindu Sabarimala, após as manifestações violentas registradas ontem, onde pelo menos uma pessoa morreu.
Depois que na madrugada de ontem duas mulheres entraram no templo, as primeiras desde setembro do ano passado, quando o Supremo Tribunal suspendeu a proibição imposta às mulheres de entre 10 e 50 anos, aconteceram protestos em várias regiões de Kerala.
As manifestações que ocorreram ontem em pelo menos três distritos no estado, causaram a morte de um militante do partido nacionalista hindu BJP, do primeiro-ministro Narendra Modi, na cidade de Pandalam, disse à Agência Efe, uma fonte da polícia de Kerala, que pediu o anonimato.
Além disso, até o momento os manifestantes destruíram sete viaturas policiais e 79 ônibus e atacaram 39 membros das forças de segurança e dos veículos de imprensa, na sua maioria mulheres, afirmou em entrevista coletiva o chefe de Governo de Kerala, Pinarayi Vijayan.
Ele também disse que há "muita violência em todo o estado" e que seu governo tem a responsabilidade de implementar a decisão do Supremo Tribunal.
Nos últimos meses, dezenas de mulheres tentaram sem sucesso realizar a peregrinação a Sabarimala, frustradas por centenas de devotos e manifestantes de grupos hindus de extrema-direita.
Imagens divulgadas por veículos de imprensa locais mostram duas mulheres vestidas de preto com as cabeças cobertas com lenços entrando no templo entre uma multidão de homens, após terem realizado uma caminhada de 5 quilômetros desde a cidade de Pamba.
A sentença do principal órgão judicial foi ditada após um pedido feito em 2006 pela Associação Indiana de Jovens Advogados.
A decisão judicial suscitou protestos dos crentes no deus solteiro hindu Ayyappa, assim como da seção regional do partido de Modi, e do histórico Partido do Congresso, que se uniram aos devotos durante as manifestações para impedir o acesso de mulheres ao templo. EFE
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