Líbia emite ordem de detenção contra políticos e senhores da guerra no país
Trípoli, 4 jan (EFE).- A Procuradoria-Geral da Líbia anunciou que emitiu ordens de busca e captura contra o presidente do Partido Nacional, Abdel Hakim Belhadj, e o líder da milícia Guardiões das Instalações Petrolíferas, Ibrahim Jadhran, aos quais acusa de crimes no sul do país.
Além de Belhadj e Jadhram, a Procuradoria incluiu o nome de outros quatro conhecidos políticos e senhores da guerra líbios e de 31 membros de um antigo grupo rebelde chadiano, transformado agora em uma empresa privada de segurança (PSMC) que atua na região de Fezzam.
Na ordem, enviada pelo procurador-geral, Siddiq Al-Sour, aos Serviços de Inteligência e à Polícia sob controle do governo sustentado pela ONU em Trípoli, todos os acusados são responsabilizados pelos constantes ataques sofridos pelas jazidas petroleiras e os gasodutos do país.
Também pesa sobre eles a acusação de envolvimento no ataque à base aérea de Timnahint, próxima à cidade de Sebha, capital do sul da Líbia, no qual morreram 12 soldados leais ao citado governo.
Em declarações por telefone à Agência Efe, Belhadj, a quem o Reino Unido perseguiu no passado por seu suposto vínculo com a rede terrorista internacional Al Qaeda, expressou sua surpresa e negou qualquer relação com os fatos dos quais é acusado.
Belhadj opinou que o Poder Judiciário em Trípoli não é independente e acusou os senhores da guerra que controlam a capital de corrupção e de propagar o medo com suas milícias.
O antigo chefe de Segurança de Trípoli após a revolução que derrubou o ditador Muammar Kadafi pediu à Procuradoria que se concentre na investigação do assassinato de certos opositores políticos.
"O partido nacional não se opõe ao acordo de reconciliação, e sim quer um pacto que acabe de vez com a divisão", concluiu Belhadj.
Atualmente a Líbia tem três focos de poder, todos eles sem legitimidade popular: um em Trípoli, apoiado pela ONU; outro em Tobruk, sob o controle do marechal Khalifa Hafter, e um terceiro formado pelas cidades-estado de Misrata e Zintan.
Além da divisão política, o país sofre com a presença de vários grupos jihadistas e com a atividade de traficantes de pessoas, armas e combustível, que sustentam sua economia. EFE
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