Topo

ONU afirma que há "dúvidas" em morte de crianças da Guatemala nos EUA

04/01/2019 10h42

Genebra, 4 jan (EFE).- O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirmou nesta sexta-feira que ainda há "dúvidas" sobre a recente morte de duas crianças guatemaltecas quando estavam sob custódia da Patrulha de Fronteiras dos Estados Unidos em dezembro.

"Ambos os são casos complicados, nos quais as crianças estavam doentes e receberam atendimento médico, mas há dúvidas sobre se foram fornecidos a tempo e se eram os adequados", destacou em entrevista coletiva a porta-voz do escritório Ravina Shamdasani.

Estas duas mortes, ressaltou a porta-voz, "revelam as terríveis condições vividas pelos migrantes, enfrontando dificuldades tanto na fuga de seus países de origem como no limbo no qual ficam durante a locomoção, sem saber o que vai acontecer".

A fonte oficial destacou que as Nações Unidas pediram às autoridades americanas "garantias de medidas para evitar a repetição destes trágicos casos".

Jakelin Caal, de 7 anos, faleceu em 8 de dezembro, 48 horas depois de ter sido detida junto ao seu pai, por uma suposta desidratação.

Felipe Gómez, de 8 anos, morreu nos últimos minutos da passada noite de dia 24 de dezembro, supostamente de uma febre comum, quando estava sob custódia das autoridades americanas.

Por conta das duas mortes, a Chancelaria guatemalteca pediu às famílias que não emigrem de forma irregular com seus filhos, já que colocam a vida dos menores em perigo. EFE