Procurador-geral do Peru pede que Congresso investigue o presidente
Lima, 4 jan (EFE).- O procurador-geral do Peru, Pedro Chávarry, cuja renúncia é exigida por diversos setores, pediu nesta sexta-feira ao presidente do Congresso, Daniel Salaverry, que investigue as declarações do presidente do país, Martín Vizcarra, que lhe atribuem um prejuízo ocasionado às investigações do caso Lava Jato no país.
Através de um ofício, Chávarry pediu a Salaverry que crie uma comissão para investigar as declarações de Vizcarra, após a destituição e a posterior reposição dos promotores a cargo da Lava Jato no Peru, Rafael Vela e José Domingo Pérez.
O procurador-geral solicita que seja averiguado o suposto prejuízo que a destituição dos promotores citados teria ocasionado sobre as diligências para a assinatura de um acordo de leniência com a construtora brasileira Odebrecht.
Chávarry explicou que a suspensão da assinatura do acordo, programada inicialmente para o dia 11 de janeiro, se deve à mudança de autoridades no Brasil, em referência à posse do presidente Jair Bolsonaro.
O promotor Pérez confirmou ontem que o acordo será assinado em uma nova data, assim como os interrogatórios com ex-diretores da Odebrecht no Peru, e reafirmou que a decisão de Chávarry afetou o desenvolvimento normal das investigações.
Chávarry ficou hoje sem o apoio da junta de procuradores supremos, principal órgão do Ministério Público, para continuar no cargo, depois da polêmica destituição e posterior reposição dos dois principais promotores do caso Odebrecht.
O procurador-geral é questionado por seus vínculos com uma rede de corrupção judicial descoberta no seio do Judiciário peruano e por sua proximidade com o fujimorismo, o maior partido da oposição, e o Partido Aprista, principal aliado político dos fujimoristas.
Apesar dos reiterados pedidos de renúncia feitos por Vizcarra, Chávarry segue até agora à frente da procuradoria graças ao apoio de outros promotores que também são citados no mesmo caso de corrupção. EFE
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