Sobe para 46 o número de mortos em ataques terroristas em Burkina Faso
Ouagadougou, 4 jan (EFE).- O governo de Burkina Faso elevou nesta sexta-feira para 46 o número de mortos após uma série de supostos ataques terroristas cometidos recentemente em áreas próximas ao Mali, segundo meios de comunicação locais.
O porta-voz do Executivo burquinense, Remeus Fulgance Dandjinou, atualizou o número de vítimas em comunicado, garantiu que "estão tomando ações judiciais" e qualificou os ataques como "desprezíveis".
Estes novos números são divulgados depois que, na segunda-feira passada, o governo decretou estado de emergência em sete províncias do norte do país (Haut-Bassin, Boucle du Mouhoun, Cascades, Centro-Leste, Leste, Norte e Sahel), após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.
O presidente burquinense, Roch Marc Christian Kaboré, "também deu instruções sobre dispositivos de segurança específicos em todo o território", acrescentou o porta-voz.
O estado de emergência foi decretado depois que dez policiais morreram e três ficaram feridos em uma emboscada preparada por homens armados no final de dezembro na região de Toeni, no noroeste do país, perto da fronteira com Mali.
Kaboré condenou esse "ataque covarde e desprezível", que, segundo assegurou, "não ficará sem castigo".
"A nossa determinação de lutar contra todas as forças obscuras que querem minar os esforços de desenvolvimento do nosso país e a construção de um verdadeiro Estado de Direito será impecável", acrescentou o chefe do Estado.
O grupo extremista Jama'at Nasr al-Islam wal Muslimin (JNIM), vinculado à rede Al Qaeda no Saara, reivindicou a autoria desse atentado, após ter cometido outros ataques em Burkina Faso.
Em outubro do ano passado, pelo menos seis policiais morreram e cinco ficaram feridos no norte de Burkina Faso quando o comboio no qual viajavam foi alvo de um ataque jihadista.
A situação de segurança no país piorou nos últimos tempos e em março do ano passado ocorreu um grande atentado contra a sede do Estado-Maior do Exército burquinense e a embaixada da França.
Em maio, a Human Rights Watch (HRW) alertou para a intensificação da violência pelo conflito jihadista em Burkina Faso, ao que o Estado, segundo essa organização de direitos humanos, responde com abuso de força e execuções extrajudiciais.
Burkina Faso é um dos cinco países que compõem o G5 do Sahel (junto com Mali, Mauritânia, Níger e Chade), grupo que combate o terrorismo jihadista na região. EFE
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