Venezuela critica Grupo de Lima e reitera que Maduro assumirá presidência
Caracas, 4 jan (EFE).- O governo da Venezuela reiterou nesta sexta-feira que Nicolás Maduro tomará posse como presidente mais uma vez no próximo dia 10 de janeiro, ao mesmo tempo em que expressou sua "perplexidade com a extravagante declaração" do Grupo de Lima que pediu hoje ao líder chavista que não assuma outro mandato.
"No próximo dia 10 de janeiro o presidente Nicolás Maduro tomará posse legítima e constitucional da Presidência da República para o período 2019-2025, em perfeita sintonia, em tempo e em forma com o estabelecido na Constituição", disse ao ler um comunicado diante da imprensa o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.
O Grupo de Lima, formado por representantes de 14 países, entre eles o Brasil, pediu hoje a Maduro que não assuma o cargo que ganhou com ampla margem nas questionadas eleições de maio do ano passado, das quais não participou o grosso da oposição por considerar que não havia garantia para uma disputa justa.
Além disso, o grupo instou a Maduro, cuja legitimidade não reconhecerá a partir de 10 de janeiro, que respeite as atribuições da Assembleia Nacional e lhe transfira, de forma provisória, o Poder Executivo até que se realizem novas eleições.
Ao ler o comunicado, Arreaza tachou como "extravagante" a declaração do Grupo de Lima e considerou que esta encoraja "um golpe de Estado na Venezuela", um fato que, segundo afirmou, não tem "comparação na história da região".
Além disso, assegurou que a declaração foi elaborada após o Grupo de Lima receber "instruções do governo dos Estados Unidos através de uma videoconferência".
Nesse sentido, a Venezuela alertou no documento que "saberá responder à luz do princípio da reciprocidade às sanções que individualmente decida tomar cada governo (do Grupo de Lima), na proporção correspondente (e) no terreno que cada um escolher".
"O mundo inteiro será testemunha da posse do presidente Nicolás Maduro (...) e nada nem ninguém, muito menos o imperialismo, como tigre de papel, poderá impedir que isso ocorra", ressaltou Arreaza. EFE
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