Corpos de rohigyas baleados são achados perto de acampamento em Bangledesh
Daca, 5 jan (EFE).- Os corpos de dois homens da minoria étnica rohingya foram achados neste sábado nos arredores dos campos de refugiados de Cox Bazar, em Bangladesh, onde centenas de milhares de membros desta minoria muçulmana vivem há mais de um ano, informaram fontes policiais.
Os corpos foram achados pelos moradores dos acampamentos, onde vivem cerca de 700 mil refugiados foragidos da violência da Mianmar, disse à Agência Efe o oficial da polícia do setor de Teknaf, em Cox's Bazar, Pradip Kumar Das.
O caso está vinculado com o tráfico de metanfetamina.
"Suspeitamos que poderia haver um conflito entre eles relacionado com a yaba (metanfetamina). Recuperamos 10 mil peças (de yaba) perto dos corpos. As vítimas são rohingyas, mas os guardas locais nos disseram que não vivem aqui", explicou o oficial.
As autoridades de Bangladesh acusaram em várias ocasiões os rohingyas de participar do contrabando de yaba desde Mianmar.
O Governo de Bangladesh anunciou o início da campanha antidroga em maio, executada no início pelo Batalhão de Ação Rápida (RAB), um corpo de elite policial, e à qual se uniu mais tarde a polícia, e que grupos de direitos humanos compararam com a do presidente filipino, Rodrigo Duterte.
A organização de direitos humanos Odhikar assegura que cerca de 283 pessoas morreram nestas operações entre maio e novembro, alguns deles sob custódia policial e outras centenas em tiroteios com as forças de segurança.
Em outubro, o Governo de Bangladesh também aprovou uma lei que reconhecia a metanfetamina ou yaba como um narcótico de categoria A e prevê a pena de morte para quem for flagrado usando 200 gramas da substância.
As condições de amparo dos rohinyás em Cox Bazar, o maior campo de refugiados do mundo, são muito precárias, sem os adequados acessos à água potável, saneamento, educação e segurança. EFE
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