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Deputado Juan Guaidó é escolhido novo presidente do Parlamento venezuelano

5.jan.2019 - O deputado Juan Guaidó, eleito novo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela - Manaure Quintero/Reuters
5.jan.2019 - O deputado Juan Guaidó, eleito novo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela Imagem: Manaure Quintero/Reuters

05/01/2019 15h35

Caracas, 5 jan (EFE).- A Assembleia Nacional da Venezuela (AN, Parlamento), de maioria opositora, escolheu por unanimidade neste sábado o deputado Juan Guaidó, do Partido Vontade Popular, como o seu novo presidente.

O órgão já tinha antecipado que Guaidó, um engenheiro de 35 anos, seria indicado, conforme o acordo de governabilidade assinado pela oposição, com o qual corresponde ao Vontade Popular, fundado pelo político opositor atualmente preso Leopoldo López, a liderança deste ano. O deputado Edgar Zambrano, do Partido Ação Democrática, e Stalin González, do Partido Um Novo Tempo, foram eleitos para as funções de primeiro e segundo vice-presidentes do Legislativo, respectivamente.

A coligação "16 de Julio" adiantou que apoiaria com condições a eleição de Guaidó, mas não as de Zambrano e González pois, são "muito distantes" dos pensamentos das suas formações, embora todas sejam contrárias ao governo de Nicolás Maduro.

A direção do órgão também terá o deputado Edinson Ferrer como secretário e José Luis Cartaya como subsecretário.

À sessão de hoje contou com prefeitos e vereadores opositores, representantes sindicais, dirigentes políticos, cerca de 100 deputados e 20 representantes diplomáticos.

Os ministros das Relações Exteriores e delegados do Grupo de Lima, formado pelo Brasil e mais 13 países do continente americano contrários ao governo do presidente venezuelano, pediram ontem a Maduro para que não assuma o novo mandato presidencial, cuja legitimidade eles anunciaram que não reconhecerão.

O bloco também pediu a Maduro que respeite as atribuições da Assembleia Nacional e transfira a ela, provisoriamente, o comando do Poder Executivo até que sejam realizadas novas eleições presidenciais democráticas.

Depois de a oposição conseguir a maioria das cadeiras na AN, o governo de Maduro considerou que o órgão desacatou a Justiça e passou a declarar nulos os seus atos. Maduro não presta contas aos deputados desde 2016.