Moscou nega relação entre detenção de Whelan e processo contra Maria Butina
Moscou, 5 jan (EFE).- A detenção do suposto espião americano Paul Whelan em Moscou não tem qualquer relação com a situação de "alguns cidadãos" russos nos EUA, afirmaram neste sábado as autoridades russas, em uma clara alusão ao processo contra a suposta agente de Moscou Maria Butina que se desenvolve em Washington.
"Aqui não há e nem pode haver relação alguma com as circunstâncias nas quais estão alguns cidadãos americanos, e, naturalmente, russos nos EUA", disse o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Ryabkov, à agência "Interfax".
Whelan foi detido em Moscou sob suspeitas de espionagem no final de dezembro, pouco depois que a suposta espiã Butina se declarou culpada de conspirar contra os EUA e aceitou cooperar com as autoridades norte-americanas.
Após a detenção do americano, alguns políticos russos sugeriram a possibilidade de sua troca por Butina, mas para o vice-ministro russo, atualmente não há "nenhum motivo" para pensar nessa possibilidade.
"É preciso completar com todos os procedimentos necessários", disse, ao afirmar que as autoridades ainda não apresentaram acusações contra Whelan que, além da nacionalidade americana, possui também passaportes de "uma série de outros países".
"O assunto é muito sério, trata-se de atividades de espionagem que violam as leis russas", ressaltou.
Quanto à situação de Butina, Ryabkov reiterou a chamada de Moscou para sua pronta libertação e insistiu que a jovem foi vítima de "acusações infundadas", enquanto as "pressões psicológicas" sofridas a levaram a aceitar um trato com as autoridades.
Os veículos de imprensa russos informaram nesta semana que o ex-infante de marinha dos EUA, de 48 anos, havia sido oficialmente acusado por espionagem, crime que na Rússia é passível de penas de até 20 anos de prisão.
Ao mesmo tempo, o advogado do detido evitou confirmar a informação, mas antecipou que tinha recorrido da ordem de detenção.
Segundo a imprensa russa, Whelan foi detido em seu quarto de hotel no dia 28 de dezembro durante uma reunião com um cidadão russo de quem pretendia receber informações sobre funcionários dos serviços secretos da Rússia. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.