Jovem saudita que fugia da família é retida em aeroporto de Bangcoc
Bangcoc, 6 jan (EFE).- Uma jovem saudita de 18 anos que fugia de sua família foi retida no aeroporto Suvarnabhumi de Bangcoc, onde fez escala a caminho da Austrália, informou neste domingo a organização humanitária Human Right Watch.
"(...) Rahaf Mohammed Al-Qunun foi retida no aeroporto de Bangcoc, seu passaporte foi confiscado pelas autoridades da Arábia Saudita, o que lhe impede de viajar para a Austrália. Ela procura asilo, teme que a matem se voltar para Riad", afirmou em sua conta do Twitter Phil Robertson, subdiretor da Ásia da Human Rights Watch.
Segundo relatou a própria jovem, ela conta com visto da Austrália, mas seu passaporte foi expropriado por um diplomata saudita quando desceu do avião.
A mulher denunciou no sábado em sua conta do Twitter que tinha sido detida no quarto de um hotel do aeroporto e que será obrigada a voltar ao seu país.
Rahaf compartilhou, além disso, sua foto e uma cópia de seu passaporte na rede social. "Porque não tenho nada a perder vou compartilhar meu nome real e toda minha informação".
O policial tailandês Maj Gene Surachate disse à "BBC" que a jovem saudita escapa de um casamento.
Essa mesma fonte afirmou que Rahaf não tem visto para entrar na Tailândia, por isso que está em processo de repatriação na mesma companhia aérea com a qual viajou para Bangcoc, a Kuwait Airlines.
Em novembro, a polícia tailandesa prendeu o jogador bareinita Hakeem al-Araibi ao chegar a Bangcoc apesar de residir como refugiado na Austrália e a justiça iniciou um processo de extradição.
Hakeem, que joga no time regional australiano de futebol Pascoe Vale, chegou em 27 de novembro a Bangcoc procedente de Melbourne junto com sua esposa para passar dias de férias quando foi retido no aeroporto.
As autoridades australianas outorgaram em 2017 o status de refugiado e um visto intemporal ao jogador, que foi membro do time nacional do Bahrein e que tinha chegado ao país oceânico em 2014 fugindo depois que foi condenado à revelia a dez anos de prisão por danos em uma delegacia.
A Tailândia não é signatária da Convenção dos Refugiados da ONU de 1951 e foi criticada por enviar refugiados e solicitantes de asilo a países onde enfrentam perseguição e inclusive tortura. EFE
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